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MBL Bahia critica protestos bolsonaristas em Salvador: "Maneira baixa e vagabunda"

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Grupo lamenta as mais de 275 mil mortes de pessoas vítimas da pandemia  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 15/03/2021, às 16h25   Henrique Brinco


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O Movimento Brasil Livre (MBL Bahia) emitiu nota criticando os protestos contra o fechamento do comércio em Salvador, no momento em que o sistema de saúde na Bahia está próximo ao colapso na segunda onda agressiva da Covid-19. Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro vem organizando protestos diariamente na capital e, no último domingo (14), realizaram mais duas carreatas concentradas na Boca do Rio e em Nazaré.

No comunicado, o grupo que deixou de apoiar Bolsonaro, afirma que entende "que é um momento muito crítico para a economia brasileira e baiana, principalmente, no qual o custo de vida vem sendo elevado dia após dia onde as pessoas precisam se alimentar e trabalhar". Eles também criticam a exploração política de uma suposta carta de suicídio atribuída a um feirante de Salvador, que inclusive foi lida pelo próprio presidente em uma live do último dia 11.

"O desemprego vem assolando o nosso país há mais de oito anos, neste governo se agravou ainda mais devido a pandemia, e entendemos que a luta pelo comércio aberto e pelo direito ao trabalho é válida, porém, repudiamos o uso do suicídio de uma pessoa como palanque político. Assim como a esquerda fez de maneira absurda, a tal 'direita' aqui na Bahia está fazendo o mesmo, MENTINDO, usando o suicídio de um comerciante como palanque político para fazer manifestações em defesa deste governo, é uma CUT azul, exatamente como a esquerda faz, utilizam a dor, distorcem o fato e fazem palanque", informa o texto, assinado pelo presidente Siqueira Costa Júnior.

O MBL Bahia diz ainda que "acredita sim, que estamos passando por um momento difícil que pessoas estão perdendo seus empregos, outras estão morrendo dia após dia com recorde macabro de mortes". "Porém, não é dessa maneira baixa e vagabunda, utilizando caixões como palanques que iremos entrar em um consenso, é hora do governo municipal, estadual e federal se unirem para garantirem emprego e renda, acima de tudo para que os brasileiros não passem fome, não morram!", continua.

Por fim, o grupo lamenta as "mais de 275 mil mortes de pessoas vítimas da pandemia e seu reflexo no dia a dia das famílias baianas, sempre reforçando o compromisso de nosso Núcleo, MBL BA, em  jamais politizar  em cima da morte de um de nossos irmãos e irmãs, conterrâneos e cidadãos baianos".

Nesta segunda-feira (15), o prefeito Bruno Reis (DEM) declarou que o comércio em Salvador pode voltar a funcionar, de forma escalonada, caso a taxa de ocupação de leitos no município caia para 80%. Atualmente, a capital baiana tem uma taxa de cerca de 88%. Segundo ele, apesar da ligeira melhora após 15 dias do toque de recolher e suspensão das atividades não essenciais, os casos ainda estão em crescimento, e portanto ainda é impossível determinar a reabertura, ainda que gradual.

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