Coronavírus
Publicado em 11/05/2021, às 13h00 Luiz Felipe Fernandez e Léo Sousa
Ouvido na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, nesta terça-feira (11), o presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, demarcou que a sua "conduta" diante da pandemia do coronavírus difere da adotada pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido).
Durante a sessão no Senado Federal, Barra Torres foi questionado pelo relator da comissão, senador Renan Calheiros (MDB-AL), sobre o episódio em que apareceu sem máscara em um evento, ao lado do presidente.
"Quanto ao evento especificamente, em março de 2020, o que preconizava o Ministério da Saúde, tornado explícito em 13 de março, era: 'máscaras faciais devem ser utilizadas por gestantes, pessoas com Covid, profissionais de saúde', o comércio estava aberto...", se defendeu.
"A conduta do presidente difere da minha nesse sentido. As manifestações que eu faço nesse sentido têm sido no sentido do que a ciência determina", acrescentou o presidente da Anvisa, também se referindo à defesa do isolamento social.
Antônio Barra Torres lembrou ainda que contrastou com o presidente da República, estando de máscara enquanto o chefe do Executivo não, em uma participação recente na tradicional live semanal de Jair Bolsonaro.
Vacina
Questionado sobre falas do líder do Planalto contra a vacinação, o presidente da Anvisa afirmou que é contrário às declarações e que elas se opõem ao que ele defende como chefe da agência reguladora.
Barra Torres disse ainda acreditar "mais" em uma campanha nacional de conscientização pela imunização contra a Covid-19 do que na obrigatoriedade da vacina. "Meu desejo, trabalho, empenho é pra que todos se vacinem. Eu acredito no convencimento das pessoas para que busquem a vacinação", declarou.
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