Política

CPI das Apostas: presidente de arbitragem da CBF diz que VAR 'não é obrigado a mostrar todos os ângulos' a juiz em campo

Lara Curcino / BNews
Declaração de Wilson Seneme foi feita nesta quinta-feira (6), para rebater presidente da SAF do Botafogo  |   Bnews - Divulgação Lara Curcino / BNews


O presidente da Comissão de Arbitragem da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Wilson Seneme, deu depoimento nesta quinta-feira (6) à CPI da Manipulação de Jogos e Apostas, no Senado. Na ocasião, ele afirmou que o VAR não "obrigado a mostrar todos os ângulos" de um lance que está em revisão pelo árbitro em campo. 

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"O árbitro de vídeo escolhe quais imagens vai enviar ao monitor para serem analisadas pelo juiz em campo e não tem obrigação de mostrar todos os ângulos registrados", disse ele, para rebater as reclamações do dono da SAF do Botafogo, John Textor, de que a equipe do VAR não exibiu uma das perspectivas do lance em que o zagueiro Adryelson foi expulso, na derrota do Fogão para o Palmeiras, por 4 a 3, pela Série A 2023. 

"Protocolarmente, um árbitro de vídeo não está obrigado a mostrar para o de campo todos os ângulos que estão na cabine. Nem todos os ângulos que ele visualizou. Ele pode escolher", acrescentou Seneme. 

Após os senadores demonstrarem insatisfação com a regra, com a preocupação de que ela facilite a manipulação em jogos, o presidente da comissão afirmou que o procedimento segue entendimento da Federanção Internacional de Futebol (Fifa).

"O protocolo VAR da Fifa estabelece que não tem obrigatoriedade de checar todas as câmeras. Senão, o jogo vai ficar interrompido por muito tempo. Não é assim que o VAR funciona", rebateu ele. 

Ainda no depoimento, Seneme revelou que as câmeras utilizadas pelo VAR são da detentora dos direitos de transmissão, após ser perguntado sobre a sugestão de Textor de comprar mais equipamentos para melhorar a assertividade de arbitragem nas partidas. 

Após deixar a audiência, Seneme e o restante da equipe da CBF presente fizeram uma demonstração aos senadores do funcionamento do VAR, quando foi explicado que o árbitro em campo também não tem acesso à conversa na cabine, apenas ao consenso da equipe, que é repassado por somente um integrante.

Na saída, no corredor das comissões, o presidente da Comissão de Arbitragem se recusou a falar com a imprensa.

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