Política
Publicado em 07/07/2022, às 10h54 Redação BNews
Senador pela Bahia, Otto Alencar (PSD) abriu o jogo sobre suas impressões acerca da CPI do Ministério da Educação, aberta para investigar acusações de irregularidades cometidas pelo ex-ministro Milton Ribeiro, que chegou a ser preso por suposto favorecimento a pastores evangélicos e tráfico de influência.
Em entrevista à rádio A Tarde FM na manhã desta quinta-feira (7), Otto falou que acha inviável iniciar as apurações ainda neste ano. E concorda com a medida: ele explica o porquê.
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"Muitos senadores serão candidatos a reeleição ou a governadores. É difícil participar de uma Comissão Parlamentar de Inquérito e não dar tempo integral para participar dela e verificar os fatos de perto e não ter um avanço para análise mais concreta”, afirmou Otto.
O próprio Otto Alencar é pré-candidato à reeleição no Senado e já havia revelado ao BNews que não teria como participar da CPI para priorizar a campanha eleitoral. "Não tenho como ir. Até porque, CPI você precisa ter tempo integral. Ou é aqui ou lá", justificou em entrevista no último dia 29 de junho.
Otto foi um dos dois senadores baianos que não assinaram o pedido de abertura. Além dele, o colega de partido Angelo Coronel também não assinou. Da Bahia, Jaques Wagner foi o único a assinar.
"É uma decisão de Rodrigo Pacheco [presidente do Senado], que conversou com todos os líderes e também comigo algumas vezes para a abertura ficar para depois das eleições. Porém, não sei se em outubro, novembro e dezembro, já no final do ano e com o recesso parlamentar obrigatório pela lei, nós teremos condições de analisar”, contou Otto em entrevista à rádio.
Líder da oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede) está lutando pela abertura da CPI o quanto antes e quer que as comissões sejam instaladas após o recesso parlamentar que acontece na segunda quinzena deste mês de julho, entre os dias 18 e 31.
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