CPMI dos Atos Golpistas aprova quebras de sigilo de aliados de Bolsonaro

A CPMI dos Atos Golpistas aprovou durante a sessão desta terça-feira (11) aproximadamente 90 requerimentos que pedem informações, quebra de sigilos e acesso a relatórios financeiros sobre os suspeitos de envolvimento nos atos.

Um dos requerimentos aprovados, de autoria dos deputados Rogério Correia (PT-MG) e Jandira Feghali (PCdoB-RJ), solicita a quebra de sigilos bancário, fiscal e telefônico do ex-chefe da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, que já depôs à CPMI. Ele se tornou réu por improbidade administrativa.

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Vasques foi acusado pelo Ministério Público Federal por uso indevido do cargo durante as eleições, quando a PRF realizou blitzes realizadas durante o dia do segundo turno das eleições do ano passado. A suspeita é de que a operação seria para dificultar a chegada de eleitores de Lula nas sessões eleitorais.

Outro requerimento aprovado foi o que pede a quebra de sigilo telemático do ex-ajudande de ordens de Jair Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, que depôs nesta à CPMI nesta terça sobre mensagens de teor golpista encontradas pela Polícia Federal em seu celular.

A comissão aprovou ainda a transferência dos sigilos telefônico e telemático do coronel Jean Lawand Júnior, que enviou mensagens golpistas a Cid. Na conversa, houve uma sugestão para que que o ajudante de ordens convencesse Bolsonaro a aplicar um golpe de Estado.

A votação dos requerimentos não constava da pauta do dia da CPMI, mas foi levada pelo presidente do colegiado, deputado Arthur Maia (União-BA), depois de um pedido da relatora, senadora Eliziane Gama (PSD-MA).