Política

Cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal é alvo de operação da PGR e da PF; entenda

TV Globo / Reprodução
São sete mandados de prisão e cinco de busca e apreensão; outros membros e ex-membros da cúpula da PMDF também são alvos da operação  |   Bnews - Divulgação TV Globo / Reprodução

Publicado em 18/08/2023, às 07h49 - Atualizado às 08h02   Cadastrado por Tácio Caldas


FacebookTwitterWhatsApp

A Procuradoria-Geral da República (PGR) e a Polícia Federal (PF) estão cumprindo sete mandados de prisão preventiva e cinco de busca e apreensão contra integrantes e ex-integrantes da cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF). A ação foi deflagrada na manhã dessa sexta-feira (18).

Conhecida como Operação Incúria, a ação é o resultado de uma denúncia do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos da PGR, coordenado pelo subprocurador Carlos Frederico Santos, que foi oferecida nesta semana ao Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com a PGR, a cúpula da PMDF deixou de agir para impedir o vandalismo contra as sedes dos Três Poderes em razão do alinhamento ideológico com os manifestantes golpistas. Por conta disso, os alvos são os oficiais Klepter Rosa Gonçalves, atual comandante-geral da PMDF, e Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues.

Todos eles estão sendo acusados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado e por infringir a Lei Orgânica e o Regimento Interno da PM.

Investigação

Durante os sete meses de investigação, a Procuradoria-Geral da República descobriu que os PMs trocvaram mensagens com teor golpista e difundiram informações falsas antes do segundo turno das eleições presidenciais de 2022. A PGR verificou também que a Polícia Militar do Distrito Federal acompanhava as movimentações no acampamento golpista montado nos arredores do Quartel General do Exército, em Brasília.

De acordo com os procuradores há indícios de que a cúpula da PMDF infiltrou agentes de inteligência entre esses manifestantes para obter informações. Além disso, a PGR diz também que a polícia tinha plena consciência da magnitude e da gravidade dos atos que estavam sendo planejado para 8 de janeiro.

Todos os documentos e as trocas de mensagens obtidas pela procuradoria contrariam a versão apresentada pelos integrantes da cúpula da PMDF. Esses membros haviam dito, anteriormente, que o sistema de inteligência do DF falhou ao não avisar a corporação sobre o risco de invasão dos prédios dos Três Poderes.

Assista ao Radar BNews da última quinta-feira (17):

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp