Cúpula da PRF definiu a operação no 2º turno em reunião sigilosa

A cúpula da Polícia Rodoviária Federal (PRF) se reuniu para discutir detalhes da operação realizada pela corporação no segundo turno das eleições. A reunião sigilosa foi convocada às pressas e foi realizada na sede da corporação, no dia 19 de outubro. As informações são colunista Malu Gaspar, do jornal O Globo.

De acordo com a publicação, integrantes do Conselho Superior da PRF presentes na reunião não puderam entrar com celulares e relógios no encontro para evitar que fosse feito qualquer tipo de registro da conversa. Além disso, há a suspeita de que a ata do encontro foi manipulada para que não houvesse registro ou menção da operação prevista para acontecer no segundo turno.

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Ainda segundo a colunista, o então diretor da PRF, Silvinei Vasques, apresentou como a operação iria ocorrer. Ele ainda teria pedido engajamento dos superintendentes no segundo turno, especialmente no Nordeste, reduto eleitoral de Lula (PT).

Vasques ainda destacou que uma reeleição de Jair Bolsonaro (PL) traria benefícios a todos. Durante a campanha eleitoral, o diretor usou as suas redes sociais para fazer campanha para o então presidente.

A operação ocorrida no em todo o país em 30 de outubro de 2022, dia do segundo turno eleitoral. À época, a PRF disse que as blitzes ocorreram para evitar possíveis crimes eleitorais. O Supremo Tribunal Federal havia proibido qualquer ação que prejudicasse o transporte de eleitores aos locais de votação, que ocorreu de forma gratuito em várias cidades.

Mesmo assim a PRF realizou centenas de bloqueios, com inspeção de vans e ônibus, principalmente no Nordeste. Para minimizar os efeitos dos bloqueios, o Tribunal Superior Eleitoral ampliou o horário para as pessoas votarem, além de pedir explicações à PRF.