Política

Torres vai ser indiciado como “mentor” de plano contra Lula

Wilson Dias/Agência Brasil
A PF também investiga se Bolsonaro também tinha alguma participação no caso  |   Bnews - Divulgação Wilson Dias/Agência Brasil
Daniel Serrano

por Daniel Serrano

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Publicado em 29/04/2023, às 10h43


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A Polícia Federal (PF) vai indiciar o ex-ministro da Justiça Anderson Torres por ser o mentor dos bloqueios feitos pela Polícia Rodoviária Federal em rodovias do Nordeste no dia da votação no segundo turno das eleições presidenciais do ano passado.

Torres deve prestar depoimento à PF no próximo dia 8. O testemunho estava previsto para ocorrer na última segunda-feira (24), mas foi adiado após a defesa alegar graves problemas psicológicos. O ex-ministro está preso desde 14 de janeiro por suspeita de ter facilitado os atos golpistas de 8 de janeiro.

De acordo com a investigações, há indícios de que Torres foi um mentor da operação, que teria sido articulada para dificultar a ida de eleitores do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva às seções de votação. A ideia seria impedir votos no petista e favorecer Jair Bolsonaro.

Ainda segundo a apuração, entre as provas coletadas estão o envolvimento de auxiliares diretos de Torres fizeram, que realizavam levantamentos para indicar onde os bloqueios deveriam ser realizados.

Também existem indícios de que o ex-ministro teria atuado pessoalmente para organizar os bloqueios. Entre os episódios está uma viagem que Torres fez à Bahia. Na oportunidade, ele teria solicitado ao chefe da Polícia Federal no Estado que apoiasse a PRF nas operações nas estradas, o que foi negado.

Além de Torres, a PF investiga se Jair Bolsonaro sabia do plano e se deu o aval para que ele fosse colocado em prática, o que pode gerar complicações criminais para o ex-presidente. Ele teve que prestar depoimento duas vezes à PF desde que voltou dos Estados Unidos.

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