Política

Deltan Dallagnol rebate Gilmar Mendes, acusa intolerância religiosa e diz preferir igreja a proteção de corrupto

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Deltan publicou a resposta nas redes sociais  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 17/07/2023, às 06h33   MATHEUS TUPINA/FOLHAPRESS


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 O deputado cassado Deltan Dallagnol (Podemos-PR) rebateu neste domingo (16) fala do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes deste sábado (15), dizendo que o parlamentar, removido da Câmara dos Deputados por decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), já pode fundar uma igreja.

Deltan publicou a resposta nas redes sociais, disse que o magistrado ofende os cristãos, as instituições religiosas e todos os brasileiros "que apoiam o combate à corrupção", e classificou a fala de Gilmar como um ato de intolerância religiosa.

"É triste ver um ministro do Supremo chegar a um nível tão baixo a ponto de atacar a fé das pessoas, em um ato de intolerância religiosa tão desprezível. Talvez, por não viver o amor de Deus, ele não consiga entender o que é uma demonstração de amor, fé e compaixão dos milhares de brasileiros que foram solidários naquela ocasião. E respondendo sua tosca provocação: eu prefiro fundar uma igreja do que fundar um clube de proteção aos mais corruptos e criminosos do Brasil", tuitou o ex-coordenador da Operação Lava Jato.

Gilmar ironizou a "chuva de Pix" que Deltan afirma ter recebido após deixar a Câmara em evento do grupo Prerrogativas para homenagem ao ex-ministro da corte Sepúlveda Pertence, morto no início do mês aos 85 anos.

O jurista também fez críticas à Lava Jato, encerrada em 2021, e afirmou ser necessário repensar o modelo atual de atuação do Ministério Público e na Justiça brasileira. "Vamos organizar uma fuga para frente, vamos salvar o Judiciário desse grande escândalo", reiterou.

"O Ministério Público continua sendo uma instituição extremamente importante. O combate à corrupção no Brasil é fundamental. Agora, não acreditem que são o quarto Poder, porque não são. Não queiram ter papel de auxiliar do sistema político-partidário, porque não é esse o seu papel."

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