Deputado baiano avalia tomar medidas contra ex-assessor de Bolsonaro

O deputado federal Arthur Maia (União Brasil-BA), presidente da da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) dos Atos Golpistas criticou o silêncio adotado pelo tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), durante o seu depoimento sessão desta terça-feira (11) no colegiado.

Na opinião do parlamentar baiano, Cid descumpriu a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) de manter silêncio apenas nas perguntas que pudessem lhe implicar na investigação. Segundo Maia, o tenente-coronel deixou de responder, na condição de testemunha, questionamentos que não tinham capacidade de incriminá-lo.

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"Chamei o patrono do tenente-coronel Mauro Cid para dizer a ele que ele estava fazendo com que seu cliente descumpra uma ordem do Supremo Tribunal Federal”, afirmou Arthur Maia.

"Isso acarretará na necessidade de nós [...] apresentarmos uma denúncia contra o senhor Cid ao Supremo Tribunal Federal, haja vista que a ministra do Supremo determinou que, aquilo que não o incriminasse, ele tinha obrigação de responder, uma vez que ele não está aqui só como depoente, mas como testemunha. É o procedimento que ele está adotando e, obviamente, cabe à CPI adotar as medidas cabíveis", complementou o deputado baiano.

Durante o depoimento, Cid manteve o silêncio a maior parte do tempo. Apenas na fala inicial, quando justificou o motivo pelo qual se calaria, ele explicou também como é feita a escolha dos ajudantes de ordem do presidente e negou que haja qualquer vínculo pessoal entre ele e Bolsonaro.