Política

Deputado baiano revela quando sai o relator de ação contra Eduardo Bolsonaro

Foto: Câmara dos Deputados / Divulgação
Eduardo Bolsonaro responde processo no Conselho de Ética por falas contra jornalista  |   Bnews - Divulgação Foto: Câmara dos Deputados / Divulgação

Publicado em 08/06/2022, às 11h37   Vinícius Dias


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Está próxima a definição da relatoria do processo respondido pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PL) no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados. A ação apura ataques feitos pelo parlamentar à jornalista Miriam Leitão. A informação é do deputado baiano Paulo Azi.

Filho do presidente Jair Bolsonaro (PL), Eduardo ironizou a tortura sofrida pela jornalista Míriam Leitão, do jornal O Globo, durante a ditadura militar. No Twitter, o parlamentar compartilhou uma imagem da última coluna dela no veículo e escreveu "ainda com pena da [emoji de cobra]".

eduardo bolsonaro ironiza tortura sofrida por miriam leitão

Deputado baiano, Paulo Azi contou que foi realizado um sorteio para definir a relatoria nesta semana, mas o sorteado desistiu. "Realizei um novo sorteio e quero ver se nesta semana ou no máximo na próxima indicamos o relator", explicou Azi. A informação foi publicada pelo Bahia Notícias e confirmada pelo BNews.

A ação foi aberta pelo PSOL e pede a cassação do mandato de Eduardo Bolsonaro. Azi afirmou que o relator, quando escolhido, poderá dar seguimento ao processo normalmente, mas avalia que a casa tem um funcionamento diferente - ainda mais quando se trata de um segundo semestre de ano eleitoral. 

Políticos de diferentes espectros divulgaram mensagens de solidariedade à Míriam Leitão e, agora, os partidos decidiram pedir a cassação do mandato do deputado.

O deputado Orlando Silva (PC do B) afirma que é necessário a Câmara punir o parlamentar "por respeito à democracia, à sociedade e às mulheres".

"A publicação é repugnante. Se isso não é quebra de decoro, o que será?", argumenta. E completa: "A leniência da Câmara em outros tempos normalizou barbaridades como o elogio a tortura", diz.

A líder do PSOL na Casa, deputada Sâmia Bomfim (PSOL), classifica o conteúdo postado por Eduardo como "desumano" e afirma que ele precisa ser penalizado. "A jornalista estava grávida quando militares a colocaram numa sala escura junto com uma cobra jiboia para amedrontá-la. Quando ele faz piada com essa situação, reafirma, mais uma vez, que é um criminoso inimigo da democracia", afirma.

Na representação, o PSOL diz que Eduardo "abusou, de forma machista e misógina, de suas prerrogativas parlamentares". "O representado atentou contra a Constituição ao fazer uma apologia direta da tortura", afirma a peça.

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