Política

Deputado bolsonarista homenageia Ustra e diz que ‘ditadura matou pouco’; assista

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O deputado ainda disse ser a favor do regime militar  |   Bnews - Divulgação Reprodução do Youtube
Daniela Pereira

por Daniela Pereira

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Publicado em 23/03/2023, às 10h15


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O polêmico discurso de Jair Bolsonaro (PL) homenageando o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra foi repedido por um deputado estadual de Minas Gerais.

Este militar homenageado pelo parlamentar, como se sabe, atuou durante quase quatro anos (entre setembro de 1970 a janeiro de 1974) como chefe do Destacamento de Operações Internas (DOI-CODI) do II Exército (São Paulo), órgão da ditadura encarregado da repressão aos grupos de oposição.

Jair Bolsonaro foi o primeiro a homenagear Ustra, durante sessão do dia 18 de abril de 2016, quando a Câmara dos Deputados votava o prosseguimento do processo de impeachment contra a então Presidente da República, Dilma Rousseff (PT). No momento em que foi chamado ao microfone, Bolsonaro ao declarar o seu voto favoravelmente ao afastamento da Presidente, justificou que seria “em memória do Coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra”.

Nesta quarta-feira (22), enquanto participava de uma sessão da Comissão de Direitos Humanos na Assembleia Legislativa, o deputado estadual bolsonarista, Caporezzo (PL), disse ser a favor do regime militar e que a ditadura no Brasil “matou pouco”.

“Não houve ditadura. Não existe ditadura em lugar nenhum do mundo sem a figura do ditador. Quem foi o ditador do regime militar brasileiro? Não tem. Eu não sou saudosista do regime, quero dizer isso claro aqui”, disse. “Vim à Comissão de Direitos Humanos para colocar um contraponto em relação a tudo isso. E, claro, fiz uma homenagem aqui para exaltar a figura do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, que fez um grande trabalho à frente do DOI-CODI do Exército, entre 70 e 74... as pessoas vem aqui falar de, confirmadas, 191 mortes? Isso se matava aqui a cada dois dias na democracia de Dilma Rousseff. Então, vai falar que o regime matou? Matou, mas matou pouco”, completou.

Além de Bolsonaro, Hamilton Mourão também foi outro que já saiu em defesa do coronel e o classificou como "homem de honra" e que "respeitava os direitos humanos dos seus subordinados".

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