Política

Direto de Brasília: Cajado rechaça declaração de Angelo Coronel sobre "vaidade" no projeto do Arcabouço Fiscal

BNews
Cláudio Cajado foi entrevistado pelo BNews nesta quinta-feira (06)  |   Bnews - Divulgação BNews
Daniela Pereira* e Marcelo Ramos

por Daniela Pereira* e Marcelo Ramos

[email protected]

Publicado em 06/07/2023, às 13h04 - Atualizado às 13h11


FacebookTwitterWhatsApp

O deputado federal Cláudio Cajado (PP), relator do Arcabouço Fiscal, saiu em defesa própria após o senador Angelo Coronel (PDT) acusá-lo de estar agindo com "vaidade" ao não aprovar as mudanças feitas pelo Senado no texto do projeto.

Em entrevista à reportagem do BNews na manhã desta quinta-feira (6), em Brasília, Cajado declarou que outras áreas também deveriam estar no documento.

"Eu respeito a opinião do senador, mas também posso discordar. E discordo porque tudo que eu fiz foi tecnicamente justificável. O conceito é muito simples: se tem despesa que tem impacto no resultado primário, não tem porque estar fora da base. Se for por meritocracia, porque que o Senado colocou a Ciência e Tecnologia e não colocou a Saúde? Por que não colocou outras áreas? Por exemplo, estamos desenvolvendo projetos estratégicos da Soberania da Defesa Nacional como o caça com os suecos. Estamos desenvolvendo, com a Marinha, submarinos com combustível nuclear. Isso para a indústria nacional de Defesa é fundamental, mas tem repercussão na vida das pessoas. Quem utiliza hoje a internet, a internet surgiu por questões de política de Estado nos EUA em relação a área militar. Quem hoje se locomove sem utilizar GPS? Também foi oriundo de tecnologia militar", argumentou.

O parlamentar ainda aproveitou para dar detalhes sobre atual regime de teto fiscal brasileiro. Segundo ele, todas os gastos serão alinhados acima da inflação.

“Meritocraticamente, existem muitas áreas que deveriam estar fora. Porém, repito: o conceito de teto de gastos, que era o antigo regime, ele não se adequa ao atual regime fiscal que estamos discutindo. No antigo regime fiscal do teto de gastos, estar fora era positivo porque você poderia ter as despesas ampliadas acima da inflação, se estivesse fora do teto. Atualmente, estar fora da base é prejudicial para quem está fora porque não contribui com a elevação desses gastos acima da inflação. Todas as despesas serão ajustadas acima da inflação. A narrativa está errada, eu não vou fazer disso um cavalo de batalha. Se alguns pensam diferente, eu respeito, porém eu tenho convicção que as minhas justificativas são irrefutáveis”, justificou.

*A repórter viajou para Brasília para fazer a cobertura no Congresso Nacional.

Assista:

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp