Política
Deputados federais vão protocolar em conjunto, nesta quinta-feira (27), um pedido de afastamento cautelar contra o também deputado Ricardo Salles (PL-SP) por sinalização de apoio à tentativa de golpe de Estado na Bolívia.
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A medida foi confirmada ao BNews pelo parlamentar Glauber Braga (Psol-RJ), que provocou o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) por uma resposta célere.
"A peça está sendo preparada. Quem vai apresentar é um conjunto de de parlamentares, deputada Fernanda [ Melchionna, Psol-RS], deputada Sâmia [Bomfim, Psol-SP] e outros que quiserem fazê-lo. É uma petição à Mesa Diretora da Câmara de afastamento cautelar [de Salles], já que agora foi aprovada uma regra em que esse afastamento cautelar pode ser feito [sem passar pelo Conselho de Ética]. Ou essa regra só vale para aqueles que são inimigos do presidente da Câmara? Chegou a hora da mesa se posicionar sobre essa questão", declarou o deputado.
Nesta quarta (27), tanques do Exército boliviano cercaram a sede do governo local, na Praça Murillo, e tentaram invadir o prédio. Sem apoio da oposição ao presidente Luis Arce e da comunidade internacional, as tropas não obtiveram sucesso na tentativa e deixaram o local.
Nas redes sociais, Salles publicou: "En Bolívia, las melancias tienen cojones" (na Bolívia, as melancias têm culhões - em tradução literal).
A direita costuma usar o termo "melancia" para designar ironicamente militares de esquerda, por serem "verdes por fora e vermelhos por dentro".
Para Glauber, o comentário de Salles não só prestou apoio ao golpe na Bolívia, como incentivou militares brasileiros a ter a mesma conduta.
"Ele não só apoiou a tentativa de golpe de Estado na Bolívia, como também tensionou militares brasileiros para uma tentativa de golpe de Estado aqui. E a gente já viu esse filme. Logo depois das últimas eleições, [a deputada federal do PL-SP] Carla zambelli fez a mesma coisa: veio a público e disse que era um absurdo os generais darem posse a Lula [na Presidência da República]. No que isso culminou? No 8 de janeiro. Quer dizer que um deputado mais uma fez vai aplaudir uma tentativa de golpe em um outro país, tensionar militares pra dar um golpe no Brasil e nós não vamos fazer nada? Agora que ele seja afastado cautelarmente por aquilo que fez e que tentou fazer", argumentou Glauber.
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