Direto de Brasília

Diretor da Anvisa será pressionado na CPI da Pandemia sobre a não liberação da Sputnik V

Leopoldo Silva/Agência Senado
Bnews - Divulgação Leopoldo Silva/Agência Senado

Publicado em 03/05/2021, às 10h55   Victor Pinto


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Além dos ex-ministros da Saúde e do atual detentor da pasta, o diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, também será ouvido pela CPI da Pandemia no Senado Federal nesta semana. Conforme apuração feita pelo BNews, Torres deverá ser pressionado a explicar a recusa da agência na liberação de vacinas que já começaram aplicações em outros países, a exemplo da russa Sputnik V. 

O Estado da Bahia possui protocolos de intenções para a compra da vacina russa. Havia previsão, inclusive, caso fosse liberada a aplicação no Brasil, do envio de 15 milhões de doses até o meio do ano para o solo baiano.  

Na semana passada, após pressão do STF para que ocorresse uma definição clara sobre os estudos e análises da liberação ou não da vacina, a Anvisa negou registro. A falta de dados mínimos e a identificação de pontos críticos entre aqueles apresentados – como falhas no desenvolvimento que trazem incertezas sobre a segurança da vacina– levaram à não aprovação.

Há desconfiança que muito além da questão científica, existira um interesse político para a recusa da concessão ao laboratório russo Gamaleya. Em março os EUA foram acusados de utilizarem relações diplomáticas nas Américas para dificultar as negociações de nações com a Rússia para compra do imunizante, segundo a publicação anual, que faz um balanço das atividades do órgão em 2020

O requerimento, aprovado no último dia 29, que colocará Torres no banco de testemunhas da CPI da Pandemia, foi apresentado pelo senador baiano Angelo Coronel (PSD), suplente da comissão. 

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