Educação

Profissionais da Educação votam por não retomar as aulas presenciais na Bahia, diz APLB

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O coordenador-geral da entidade considerou inadmissível o corte de salário prometido pelo governador Rui Costa, caso os trabalhadores não compareçam ao trabalho.   |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 16/07/2021, às 15h55   Redação BNews


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Em reunião nesta sexta-feira (16), mais de 95% dos seis mil trabalhadores em Educação decidiram pelo retorno às aulas presenciais somente após a imunização completa da categoria. O encontro, realizado virtualmente, foi promovido pela APLB-Sindicato após o anúncio do governo estadual de retomada das atividades nas escolas no próximo dia 26. 

O coordenador-geral da entidade, Rui Oliveira, pediu respeito ao sindicato e considerou inadmissível o corte de salário prometido pelo governador Rui Costa, caso os trabalhadores não compareçam ao trabalho. 

“Absurda a suspensão de benefícios de alunos que estão frequentando as aulas remotas. Uma clara tentativa de desqualificar todo este trabalho remoto que está sendo feito tanto nas redes estadual, como municipais, além das universidades públicas estaduais e federais. Será que todos estes profissionais em Educação não estão trabalhando?”, acrescentou Oliveira.

A doutora em Saúde Pública pela UFBA e integrante do Comitê Baiano Vacina no SUS Já, Gisélia Souza, participou da reunião como convidada e destacou que, como a vacinação está muito lenta, a circulação do vírus pode favorecer uma rápida mutação. 

“Já temos no Brasil detectada a variante Delta. A velocidade de transmissibilidade da Delta chega a ser de 60% mais rápida que a Gama ou outras variantes. É preciso acelerar o processo de vacinação e não flexibilizar tanto. O retorno das aulas presenciais pode trazer sérios riscos para a população. Acho imprudente e incentivo o diálogo”, pontuou.

O coordenador-geral da APLB argumentou que só deveria ser discutida a retomada das aulas presenciais a partir de agosto. “Nós vamos continuar lutando pedindo a reabertura da negociação, pedindo o Ministério Público para que tudo possa ser feito e a gente tenha condição de gastar energia para trazer a vacina. A ninguém interessa o confronto, mas se disser que vai ter, a culpa não é nossa”, cravou Oliveira em entrevista ao Balanço Geral.

Ele alegou ainda que centenas de prefeituras não têm condições de retomar as aulas. Disse também que o sindicato espera ser convidado para discutir uma saída negociável, a fim de preservar a vida dos trabalhadores da categoria, a vida do povo baiano e o compromisso com a Educação no Estado.

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