Política
Joilson César/Bnews
O vereador Edvaldo Brito (PSD), em conversa nesta segunda-feira (13) com o BNews, classificou como "diabólico" o sistema de transporte público herdado pelo prefeito de Salvador Bruno Reis (União Brasil). "O atual prefeito herdou um acerto, digamos assim, diabólico porque todos se recordam que ele teve que administrar uma questão relacionada com grupo de empresários e de tal maneira teve que administrar, que entrou na solução do problema, subsidiou esse segmento", relatou o edil.
O pessedista destacou a atuação dos dois vereadores de oposição a Bruno que são ligados aos trabalhadores do setor. "Os dois vereadores que são hoje líderes desse segmento de transporte coletivo de Salvador, são dois batalhadores - eu me refiro aos vereadores Hélio Ferreira e Tiago Ferreira. Os dois não são nem do meu partido: o Tiago é do PT, e o Hélio é do PCdoB. Eles são líderes e abortaram uma greve agora com essa liderança", destacou Brito.
Edvaldo Brito pontuou que, mesmo não havendo greve, a população foi às ruas protestar contra o aumento da tarifa que passou a valer nesta segunda-feira (13), que foi de R$ 4,90 para R$ 5,20. "A população resolveu reagir e já está nas ruas. Há muito tempo que não vejo estudantes na rua. Estou vendo nesse dia de hoje para protestar contra essa política. Aí você me pergunta: [as empresas de ônibus] não pagam imposto? Não pagam. Todas as benesses possíveis e imagináveis foram dadas a eles", ponderou.
O vereador reclamou que as tarifas deveriam ser definidas em diálogo com a Câmara Municipal de Salvador, mas que a prefeitura toma para si essa função. "A prefeitura usurpa essa competência e nós, na Câmara de Vereadores, para evitar mal maior, fazemos de conta que é assim mesmo, mas estamos vigilantes, ou pelo menos alguns de nós estamos vigilantes. Os outros, porque seguem a liderança do prefeito, vão nessa mesma linha", criticou.
Edvaldo Brito disse que o sistema de transporte de passageiros de Salvador é caótico.
"Não tem nada aquilo que era contrapartida por essa isenção de imposto. O cidadão paga imposto caro, imposto escorchante: IPTU escorchante, ISS escorchante; mas o rodoviário não paga e tem lucro, e não quer sacrificar seu lucro, mas sacrifica o povo dessa cidade", considerou.
O edil comparou o sistema de transporte por ônibus com o metrô. "Eu falo e repito com a autoridade de quem passou o metrô calça curta, de seis quilômetros, para o Governo do Estado fazer esse empreendimento que é digno dos aplausos dos baianos, que é o metrô de Salvador", exemplificou.
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