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Eleições 2020: Arimateia entra na disputa e tenta emplacar chapa evangélica em Feira de Santana

Vagner Souza / BNews
Para dar corpo ao projeto, integrantes do bloco precisariam abrir mão dos cargos e espaços que têm na prefeitura   |   Bnews - Divulgação Vagner Souza / BNews

Publicado em 27/08/2019, às 20h52   Eliezer Santos


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O deputado José de Arimateia (Republicanos) tem articulado nos bastidores um movimento para dar musculatura a uma chapa majoritária composta por evangélicos para disputar a prefeitura de Feira de Santana em 2020. O grupo entusiasta da ideia ancora expectativa no cálculo de que 30% dos eleitores da Princesa do Sertão professam a religião.     

“Nunca se teve um candidato em Feira de Santana nessa linha. Mais de 30% do eleitorado de Feira são evangélicos, então isso abre essa oportunidade. Por eu ser uma pessoa do segmento evangélico, é oportuno [...] pelos dados que nós temos, temos sim condições de ter uma chapa, um candidato 100% evangélico e ir para o pleito de uma forma democrática. Meu nome está à disposição”.

Para dar corpo a uma candidatura religiosa, integrantes do bloco precisariam abrir mão dos cargos e espaços que têm na administração que Colbert Martins (MDB) herdou de Zé Ronaldo (DEM).

“Os líderes das associações evangélicas têm esse sentimento de colocar um nome, só que eu disse para eles que nós não podemos ficar em cima do muro. Muitas vezes eles têm compromissos com o poder público municipal, tem cargos, tem espaços, então eles acham que se tomar uma decisão dessa, podem ser retaliados, então eles ficam no anonimato para não se comprometer. Se nós queremos ter candidato evangélico, temos que tomar uma decisão e ir até o fim, não é só botar o nome e ficar com medo de tomar decisão. O segmento evangélico tem que se unir mais”.

Ele acena positivamente ao nome do ex-deputado federal Irmão Lázaro, mas avalia não requerer o critério religião nas tratativas a fim de garantir uma composição robusta. “A questão da política vai se construindo, não podemos dizer que por ser evangélico vou ser um candidato só dos evangélicos, não pode ser assim, vivemos num país laico, respeitamos todos os segmentos e religiões. Temos outros nomes do segmento evangélico, mas não fecha uma questão de ser só evangélico”.

O Republicano avalia ter ainda o registro de 8% que teve em uma pesquisa pré-eleitoral de 2016. Na época, a sigla declinou da candidatura e apoiou Zé Ronaldo. “Agora o processo político está diferente [...] O nosso nome começa a ter esse chamado da população”, encerra. 

Classificação Indicativa: Livre

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