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Em vídeo, irmã de deputado negocia vagas para cirurgias no SUS

Publicado em 30/09/2014, às 06h21   Juliana Nobre (Twitter: @julianafrnobre)


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Desde a última semana, cenas de dois assessores do deputado estadual Marcelino Galo (PT) passeiam pela propaganda da oposição. No vídeo, os funcionários da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) negociam uma possível cirurgia de varizes. Eles utilizam a estrutura estadual, como telefones e e-mail para cadastrar uma pessoa de prenome ‘Aurélio’ e encaminha-lo para o procedimento. A responsável pelo encaminhamento é a irmã do petista, Isabel Galo, servidora da Secretaria Estadual da Saúde (Sesab).

Apesar de não afirmar nas gravações de que a garantia da cirurgia está relacionada ao voto para o deputado, o vídeo pode ser considerado pelo Tribunal Regional Eleitoral como captação ilícita de sufrágio. Caso comprovado, uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral pode apenar o deputado, candidato à reeleição, com a cassação do registro de candidatura e torna-lo inelegível por oito anos.




Ao Bocão News, o parlamentar negou as informações e afirmou que as imagens foram montadas pela oposição devido às suas denúncias contra o ex-governador Paulo Souto (DEM). O petista ainda condenou a gravação ilegal do áudio pelos telefones da Assembleia Legislativa. “Paulo Souto é um candidato-vampiro, ele e seu desgoverno de propaganda viram pó quando são expostos à luz”. Galo ainda desafiou o oposicionista a publicar a gravação integral da filmagem ilegal feita em seu comitê. “Ele não publica porque sabe da fraude que promoveu, mas eu não vou recuar”.



Em outro vídeo exibido pela coligação “Unidos pela Bahia”, a irmã do petista é ouvida na ligação e confirma que contribui com o parlamentar. Ela explica quais documentos precisam ser levados ao comitê do parlamentar e em seguida levados pela funcionária pública. Sobre as declarações, Galo voltou a afirmar que foi montagem e que o áudio foi editado. “Está fora do contexto e mais uma vez desafio a coligação a mostrar o áudio na íntegra”.

“Ao usar o expediente dos grampos ilegais e da manipulação, o candidato do DEM passou o recibo de que perde votos quando o assunto é Saúde porque ele foi um desastre nessa área. Os maus costumes as conhecidas práticas políticas do grupo estão presentes nesta campanha, só que atualizadas tecnologicamente, com armações levianas e denúncias infundadas. Os ataques contra mim são a prova de que o pior do carlismo está vivo e disposto a trazer de volta o grampo, a manipulação e o chicote. Atiram em mim para atingir o PT e o nosso governo”, ainda tentou Galo se defender.

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Publicada no dia 29 de setembro de 2014, às 17h40

Classificação Indicativa: Livre

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