Política

Em apenas um ano senador gastou gasolina suficiente para dar cinco voltas na Terra, revela jornal

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O parlamentar teria abastecido em 21 postos de gasolina diferentes em São Paulo  |   Bnews - Divulgação Google Street View

Publicado em 19/05/2024, às 07h33   Cadastrada por Letícia Rastelly



Um levantamento feito pelo site Metrópoles, com base na prestação de contas do Portal da Transparência do Senado, revelou que o senador Alexandre Giordano (MDB/SP), gastou R$ 145,4 mil da cota parlamentar do Senado para abastecer quase 25 mil litros de combustível em postos de gasolina de São Paulo, ao longo de um ano.

Esse volume seria o suficiente para dar cinco voltas na Terra ou cruzar o Brasil, do Oiapoque ao Chuí, 45 vezes, se levarmos em consideração um consumo de 10 km por litro e preço médio da gasolina registrado pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) na segunda semana de maio, de R$ 5,87 o litro. O parlamentar teria abastecido em 21 postos de gasolina diferentes.

Esse não seria o primeiro gasto exorbitante de Giordano. Ele já foi investigado por apresentar notas fiscais emitidas em um posto nos valores de R$ 3.940,78, em 19 de dezembro de 2022, e R$ 1.691,22, em 2 de janeiro de 2023. Esse valor corresponderia 507,61 litros de gasolina e 188,67 de diesel, respectivamente, o que daria para encher o tanque de 12 carros.

À Procuradoria Geral da Republica (PGR),  o parlamentar disse que os pagamentos “não se tratam de um abastecimentos único”, mas sim de “veículos relacionados ao mandato” e durante a “atividade parlamentar” no estado, “ao longo de 15 dias”. Com isso, a PGR solicitou o arquivamento do caso, já que desse modo, os gastos se adequavam ao limite mensal para despesas dessa natureza, que é de R$ 15 mil mensais e recomendou o arquivamento do caso em 18 de março.

Ao Metrópoles, o parlamentar afirmou que “todas as despesas mencionadas estão diretamente ligadas ao cumprimento do mandato, estando em conformidade com os regulamentos legais e normativos”. Vale lembrar que o senador já foi alvo de outro levantamento do site, já que ele teria usado recursos públicos para o que na época foi chamado de farra gastronômica, com direito a almoços em churrascarias com 21 cortes de carne e ainda casquinhas de camarão e filé de cambucu servidos em restaurantes com vista para o mar, no litoral de SP.

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