Política

Em discurso pós-reeleição, Geraldo Junior ataca colegas da base e faz afago à bancada de oposição

Imagem Em discurso pós-reeleição, Geraldo Junior ataca colegas da base e faz afago à bancada de oposição
Em momento crítico sobre mudança de lado político, presidente da Câmara criticou parlamentares que votaram contra ou se abstiveram da eleição na Casa  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 29/03/2022, às 17h39 - Atualizado às 17h40   Victor Pinto e Eduardo Dias


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Cheio de recados nas entrelinhas, o recém-reeleito presidente da Câmara de Vereadores de Salvador (CMS), Geraldo Junior (MDB), fez um discurso na tribuna da Casa agradecendo a expressiva votação que obteve, mas também com ataques diretos aos coelgas de base de governo que o criticaram pela convocação da eleição de última hora e aos que se abstiveram do pleito. 

Geraldo também fez acenos aos parlamentares da bancada de oposição com gestos claros de afago. Ele tem negociado sua ida para a base do governador Rui Costa (PT) e é cotado para a vice de Jerônimo Rodrigues (PT), na chapa majoritária das eleições de outubro.

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"Vencidos pela democracia, vencidos pela representação. Quero agradecer a bancada de oposição desta Casa, que nunca me faltou, desde o primeiro momento que eu assumi a presidência, e mais uma vez demonstrou isso. Os vereadores deram um exemplo de dignidade para a formação desta mesa diretora", disse.

"Enquanto uns ou outros estão preocupados com colocações pontuais, a oposição em nenhum momento me pedidu qualquer referendo, qualquer acordo, em relação às suas colocações nesta casa", continuou Geraldo, em comentário possivelmente atribuído ao vereador Claudio Tinoco (UB), que havia dito antes da votação ser iniciada que o pleito era ilegítimo.

O presidente defendeu a legalidade do pleito e classificou os que pensam contrário como "forças ocultas".

“Vereadores prestem atenção naquilo que votam. Peço a Deus que perdoe esses que se abstiveram, aos que votaram parcialmente na chapa, porque o maior ato de legitimidade está aqui estabelecido, e eu não rasgaria toda a história...eu já disse que o que dá legitimidade a mim e a essa nova Mesa Diretora é um ato como esse ter sido conduzido por um dos melhores juristas do cenário nacional, o professor Edvaldo Brito, que não iria se dar ao luxo de conduzir uma sessão como essa, e levar uma votação, uma recondução da minha pessoa como presidente, não rasgaria sua história de credibilidade se não fosse legítimo. E é por isso que aqueles pobres coitados, que assim o fizeram, reservam os olhos de Deus, que as forças ocultas, que ainda continuam a prosperar", afirmou.

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