Política

Em novo aceno a militares, Lula tem reunião com representantes das Forças Armadas

Marcelo Camargo/Agência Brasil
A relação entre governo e militares ficou estremecida após os atos golpistas do dia 8 de janeiro  |   Bnews - Divulgação Marcelo Camargo/Agência Brasil
Daniel Serrano

por Daniel Serrano

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Publicado em 04/04/2023, às 10h02


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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terá uma reunião nesta terça-feira (4) com representantes das Forças Armadas no Palácio do Planalto. O encontro é encarado com mais tentativa do petista para amenizar a crise entre o governo e militares ocorrida desde o início do ano, em especial pelos atos golpistas do dia 8 de janeiro. As informações são do jornal O Globo.

Após os atos antidemocráticos, Lula demonstrou insatisfação e desconfiança com a atuação de parte das Forças Armadas, em especial, pela segurança do Palácio do Planalto, que foi invadido e alvo de vandalismo por parte de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

De acordo com a publicação, entre as estratégias do atual governo para tentar superar a resistência entre militares está a compra de equipamentos para as Forças Armadas. A ideia é tentar despolitizar os quarteis.

Ainda segundo o jornal, integrantes do Ministério da Defesa avaliam que a maioria dos militares desejam que Bolsonaro fosse reeleito no pleito do ano passado. O ex-presidente tinha uma relação próxima as Forças Armadas e participava com frequência de eventos militares.

Para superar a resistência nas Forças Armada, Lula pretende fazer investimentos no Exército, na Marinha e na Aeronáutica. O vice-presidente Geraldo Alckmin foi escolhido para identificar quais são as prioridades de investimentos de cada uma das Forças.

A relação de desconfiança entre Lula e os militares perdura desde a transição. O momento mais tenso, contudo, teve início nos ataques golpistas de 8 de janeiro. Nos dias subsequentes, o presidente foi a público dizer que as áreas de inteligência das Forças haviam falhado. Ele também afirmou ter certeza de que as portas do Planalto haviam sido abertas aos invasores. A segurança do Palácio é feita por militares.

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