Política
Publicado em 31/12/2021, às 20h58 Pedro Vilas Boas
O presidente Jair Bolsonaro (PL) defendeu, durante pronunciamento em rádio e TV na noite desta sexta-feira (31), as pessoas que não desejam se vacinar contra covid-19. O mandatário também voltou a criticar prefeitos e governadores por medidas restritivas contra a disseminação do coronavírus.
“Não apoiamos o ‘passaporte da vacina’ nem restrição àqueles que não desejam se vacinar. Defendemos que vacinas para crianças sejam aplicadas com consentimento dos pais e prescrição médica”, afirmou.
O Ministério da Saúde divulgou nota na segunda-feira (27) na qual afirma que a imunização de crianças de 5 a 11 anos de idade contra a Covid-19 deve começar em janeiro. No texto, a pasta ainda afirma ser favorável à vacinação desse público, o que contraria o discurso de Bolsonaro.
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"Panelaços" foram registrados em capitais do país durante o discurso de Bolsonaro, incluindo em Salvador. Protestos foram ouvidos nos bairros do Candeal, Barra, Rio Vermelho, entre outros.
Medidas restritivas
Durante o pronunciamento, o presidente ressaltou os recursos federais enviados para o combate à pandemia e voltou a criticar o que definiu como política do “fique em casa, a economia a gente vê depois”.
“Nessa batalha, o governo federal dispensou recursos bilionários para que estados e municípios se preparassem para o enfrentamento à pandemia.”
Chuvas na Bahia
Bolsonaro também reservou espaço de sua fala para prestar solidariedade às vítimas das fortes chuvas que atingem a Bahia e Minas Gerais. Em meio às críticas que têm recebido por não estar presente nos estados, ele ressaltou os recursos federais enviados pelo governo e a presença dos ministros João Roma (Cidadania) e Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional).
Com base em informações recebidas das prefeituras, a Superintendência de Proteção e Defesa Civil da Bahia (Sudec) divulgou na tarde desta sexta-feira (31), os números atualizados referentes à população atingida pelas enchentes que ocorrem em diversas regiões do estado. De acordo com o levantamento, são 33.247 desabrigados, 57.243 desalojados, 25 mortos e 517 feridos. O número total de atingidos chega a 661.208 pessoas.
Os números correspondem às ocorrências registradas em 165 municípios afetados. Desse total, 153 estão com decreto de situação de emergência.
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