Política

Emílio Odebrecht lança livro acusando Lava Jato de tentativa de quebrar construtora

Foto: Acervo Odebrecht
Livro acusando Lava Jato será lançado no próximo mês  |   Bnews - Divulgação Foto: Acervo Odebrecht

Publicado em 13/04/2023, às 23h30   Cadastrado por Luiz San Martin


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O empresário Emílio Odebrecht, de 78 anos, lança na primeira semana de maio um livro de memórias de sua empresa, sete anos após ela ter virado alvo da operação Lava Jato, acusando os investigadores de tentativa de destruí-la. A acusação já aparece no título da obra: "Uma Guerra contra o Brasil - como a Lava Jato agrediu a soberania nacional, enfraqueceu a indústria pesada brasileira e tentou destruir o Grupo Odebrecht".

A orelha do livro é assinada pelo escritor e biógrafo Fernando Morais, autor de outras obras como “Chatô, o rei do Brasil”, “Olga” e, mais recentemente, “Lula: biografia”.

A construtora Odebrecht, fundada há quase 80 anos pelo pai de Emílio, Norberto Odebrecht, tornou-se um dos maiores grupos empresarias do país, com atuação em mais de 20 países.

A construtora foi incluída nas apurações que envolviam a Petrobras pela operação coordenada pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal do Paraná. De acordo com os investigadores, a empreitera pagava propina a dirigentes da estatal e a políticos em troca de contratos e apoio.

Marcelo Odebrecht, filho de Emílio, confessou em depoimento que q construtora fazia pagamentos de propinas a políticos. Marcelo ficou preso por dois anos e cinco meses em Curitiba.

“Posso dizer que o financiamento ilegal funcionava da seguinte forma: a cada eleição se definia como seria operado o caixa, tanto para doações legais, como ilegais, atribuindo apelidos para cada cargo a ser disputado, por exemplo, em eleições para presidente (general), governador (capitão), senador (tenente), deputado federal (sargento), deputado estadual (cabo). Em outra eleição me recordo foram atribuídas posições de jogadores de futebol para cada cargo a ser disputado, como centroavante, meia, ponta esquerda, goleiro, etc. O nome dos políticos beneficiados também era substituído por apelidos”, detalhou o delator Luiz Eduardo Rocha Soares.

Emílio Odebrecht conheceu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na década de 70, por intermédio de Mário Covas. Naquela época, Lula era sindicalista e trataram de problemas como greves no Polo Petroquímico de Camaçari, na Bahia. A partir desse momento uma amizade foi criada.

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