Política
Uma microempresa goiana, que possui apenas um funcionário e um capital de R$ 1,3 milhão conseguiu ganhar um contrato de R$ 285,8 milhões no Ministério da Saúde. O contrato, que foi com dispensa de licitação, foi assinado em abril e será para promover o fornecimento de 293,5 mil frascos de imunoglobulina humana. Esse é um medicamento produzido a partir do sangue que é usado para melhorar a imunidade de pacientes atingidos por diversas doenças.
O detalhe é que o contrato de fato foi assinado pela companhia chinesa Nanjing Pharmacare, na qual a Auramedi é representante. Outra coisa que chama atenção é o valor, o tamanho da empresa brasileira e o fato da farmacêutica não ser tão conhecida. Isso, além da sede da empresa é uma casa em um centro empresarial de Goiânia.
No local, inclusive, o movimento é mínimo. De acordo com uma reportegem do Metrópoles, a empresa tem apenas uma funcionária que vai, às vezes na Auramedi. Segundo o material, essa pessoa apenas pega as encomendas que ficam na administração do centro comercial. Já na internet, a empresa é inexistente, afinal sequer tem um site.
A Auramedi possui apenas um único sócio, o Fábio Granieri de Oliveira. Ele é réu por improbidade administrativa em uma ação popular no Tribunal de Justiça do Pará. Essa denúncia foi recebida pelo Judiciário e indica uma suspeita de fraude em uma contratação, também com dispensa de licitação, durante a pandemia da Covid-19, em Parauapebas. Mesmo assim, a empresa goiana não tem restrições para participar de licitações ou firmar contratos com o Poder Público.
De acordo com dados do Portal da Transparência a Auramedi começou a participar de pregões dos órgãos federais de outubro de 2022. Até o momento, a empresa recebeu quantias pequenas para fornecimento de medicamentos, com notas de pagamento de até R$ 6,2 mil. Apesar disso, essa não é a primeira vez que a empresa lucra milhões.
A primeira vez que a Auramedi recebeu recusos milionário veio do próprio Ministério da Saúde. Na primeira oportunidade, o valor recebido pela empresa foi de R$ 16,5 milhões. Dessa vez, para conseguir esse contrato com dispensa de licitação a empresa goiana pagou R$ 246,6 mil em um seguro de R$ 14,3 milhões, 5% do valor do contrato. Isso era é exigido na legislação.
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