Política

Entregadora faz BO contra Eduardo Bolsonaro por transfobia e injúria; entenda

Montagem | Fabio Rodrigues-Pozzebom / Agência Brasil / Redes sociais
Eduardo Bolsonaro fez comentário polêmico sobre entregadora  |   Bnews - Divulgação Montagem | Fabio Rodrigues-Pozzebom / Agência Brasil / Redes sociais

Publicado em 27/11/2023, às 21h01   Cadastrado por Victória Valentina


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A entregadora Duda Taylor Araújo, que se identifica como pessoa não binária, registrou um boletim de ocorrência (BO) de injúria e difamação contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL). As informações são do Metrópoles.

O registro contra o filho de Jair Bolsonaro aconteceu após um comentário feito por ele na rede social X (antigo Twitter). Na ocasião, o político criticou a atitude de Duda, que processou os pais por não chamá-la pelo nome social.

"Polícia Civil investigando casal por chamar o filho pelo nome que deu a ele no nascimento. O sujeito resolveu que “não tem gênero” e os pais são investigados por chamá-lo como o homem", escreveu o deputado. 

eduardo

Entenda o caso

Duda, que nasceu menino, passou a se identificar como não binário desde o ano passado. O termo refere-se às pessoas que não se identificam especificamente com o gênero masculino ou feminino.

A entregadora, que em outros momentos usa o pronome "ele", mudou seu nome registrado em cartório. Os pais, no entanto, desconsideraram o nome social escolhido. 

“Escolhi um nome unissex de propósito, porque faço ambos os gêneros. Até meus 18 anos, tentava me enquadrar num padrão hétero [cisgênero], mas comecei a me questionar”, afirmou Duda ao Metrópoles.

Diante da resistência de seus pais, ela registrou um boletim de ocorrência de injúria, por meio da delegacia eletrônica. Além disso, enviou denúncia ao Ministério Público de São Paulo.

Ao Metrópoles, Oswaldo da Silva Araújo disse respeitar as escolhas da filha, mas que não consegue chamá-la pelo nome social. “É difícil para a gente chamar ele de Duda. Se ele vem em casa, é bem recebido, não temos nada contra ele. Mas não consigo chamar ele de Duda, mesmo com esse processo aí”.

“Duda não é o nome que demos para o meu filho. A família inteira não chama de Duda. É costume a gente chamar ele [pelo nome civil]. Dessa forma, ele vai ter que processar toda a família”, disse a mãe, Valdeli Marques Santos.

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