Política

Ex-assessor do governo Bolsonaro faz séria revelação à PF sobre as joias da Arábia Saudita; confira o que ele disse

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Marcos Soeiro, ex-assessor do governo Bolsonaro, foi flagrado pela Receita Federal com peças de R$ 16,5 milhões no aeroporto de Guarulhos/SP  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Twitter @Pimenta13Br

Publicado em 01/04/2023, às 15h07   Cadastrado por Yuri Abreu


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O ex-assessor do governo do ex-presidnete Jair Bolsonaro (PL), Marcos Soeiro, que atuava no Ministério de Minas e Energia (MME), afirmou à Polícia Federal (PF) que precisou pagar excesso de bagagem para trazer ao país "tantos presentes" ofertados pelo governo da Arábia Saudita ao Estado brasileiro.

Em outubro de 2021 ele, que é militar da Marinha, foi a, ele foi flagrado portando um estojo de joias avaliadas em cerca de R$ 16,5 milhões, pela Receita Federal, no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo - os mimos, no entanto, foram retidos porque não haviam sido declarados ao Fisco.

Na alfândega, o então titular do MME, Bento Albuquerque, teria dito na alfândega que as joias, dadas ao governo brasileiro, eram para a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. O caso ainda envolveu o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que fez diversas investidas, formais e extra-oficiais, para tentar reaver os bens, sem sucesso.

De acordo com o Soeiro além das joias, havia outras coisas para trazer, como "caixas grandes com muitas frutas, cafés e óleos”. Alguns desses itens também foram retidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), segundo o jornal O Globo.

Em depoimento à PF, o ex-assessor contou os detalhes de como recebeu as joias para trazer ao Brasil. Segundo ele, no último dia da missão oficial, em 25 de outubro de 2021, Bento Albuquerque participou de um jantar restrito oferecido pala família real saudita.

Soeiro relatou que o evento se estendeu até tarde. Às 23h, fez contato telefônico com o ministro, pois o retorno ao Brasil estava programado para ocorrer em poucas horas.

Naquele momento, relembrou o militar, Albuquerque “disse que o príncipe regente saudita falou que enviaria ainda um outro presente para o hotel, porém, o ministro disse não saber o que era”.

Ainda conforme o jornal O Globo, o ex-assessor afirmou à PF que um emissário do príncipe foi ao ao hotel onde a comitiva brasileira estava hospedada por volta de meia-noite. Ele levou duas caixas embrulhadas em papel especial com brasão da família real e disse que os presentes deveriam ser entregues ao então ministro de Minas e Energia.

Soeiro telefonou para Albuquerque, que ainda se encontrava no jantar oficial, para informar que “as caixas chegaram e estavam lacradas”. Diante da quantidade de presentes, o ex-assessor avisou que não tinha mais espaço na sua bagagem.

O ministro decidiu que levaria um pacote e que o assessor transportaria o outro. No entanto, apenas o ajudante foi barrado pela Receita ao desembarcar em São Paulo.

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