Política
Publicado em 19/01/2023, às 12h37 Cadastrado por Yuri Abreu
O ex-comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal, coronel Fábio Augusto Vieira, fez uma grave revelação, durante depoimento à Polícia Federal, sobre a atuação do Exército durante os atos terroristas em Brasília, no dia 8 de janeiro.
Segundo ele, um fator contributivo para o fato foram os acampamentos bolsonaristas no Quartel-General do Exército. Ainda de acordo com Vieira, no fatídico dia, a Força Armada impediu a entrada de PMs no local para prender suspeitos. O ex-comandante da PM acrescentou que, por diversas vezes, a corporação tentou desmobilizar o grupo, mas foi impedida.
O local onde estava o acampamento, no Setor Militar Urbano, é de responsabilidade da força. Após os atos, segundo o G1, o grupo foi retirado do local e 1,8 mil pessoas acabaram detidas.
Conforme o coronel, após o dia 12 de dezembro, quando vândalos bolsonaristas tentaram invadir a sede da PF e depredaram a capital, houve uma reunião entre a cúpula da Secretaria de Segurança do DF e o Exército para desmobilizar o acampamento.
O militar também disse que setores de inteligência de diversos órgãos indicaram que atos seriam pacíficos. Alegou ainda que não participou de 'nenhuma tentativa' de facilitar os ataques.
Segundo o ex-comandante, no dia dos atos, "já restabelecida a ordem, foram tentando encurralar o efetivo para tentar realizar prisões de quem estava no lugar".
Fábio Vieira afirmou que foi marcada "uma reunião em frente à Catedral Rainha da Paz, e o Exército já estava mobilizado para não permitir a entrada da Polícia Militar".
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