Política
Publicado em 24/01/2023, às 16h03 Cadastrado por Edvaldo Sales
Ex-comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), Fábio Vieira negou, durante audiência de custódia – a qual teve o conteúdo tornado público nesta terça-feira (24) –, realizada em 12 de janeiro, ter se omitido diante dos atos golpistas do último dia 8.
O militar, que foi preso por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes após o episódio, disse não ter visto a atuação das polícias Judicial e Legislativa.
O dispositivo da PM era o dispositivo-padrão: uma linha na frente, acompanhando todo o gradil, do MJ (Ministério da Justiça) ao Itamaraty. Eles [os extremistas] romperem o gradil, não se viu policiais do Legislativo. Que, no STF, quando chegou, viu um efetivo muito pequeno da polícia judicial.
Além disso, Fábio Vieira afirmou que a PM e o Governo do DF tentaram desmobilizar o acampamento em frente ao QG do Exército, mas não obtiveram êxito por solicitação de militares.
A PMDF chegou a mobilizar cerca de 500 policiais militares, mas o Exército entendeu que era melhor eles fazerem essa desmobilização utilizando seus próprios meios. A permanência do acampamento contribuiu muito para o ocorrido no dia 8. A PMDF tomou conhecimento de toda manifestação ou evento por uma reunião na Secretaria de Segurança Pública, pela Subsecretaria de Operações Integradas. O comandante-geral não participa dessas reuniões, tampouco do planejamento.
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