Política

Ex-diretor da Abin é convocado para depor na CPI do 8 de Janeiro; saiba mais

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Saulo Moura Cunha comandava o órgão de inteligência na época da invasão às sedes dos três Poderes  |   Bnews - Divulgação Reprodução / Câmara dos Deputados

Publicado em 31/07/2023, às 09h03   Redação


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O ex-diretor-adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Saulo Moura da Cunha, será o primeiro nome a ser convocado para realizar o seu depoimento na retomada dos trabalhos da CPI do 8 de Janeiro, que acontece a partir dessa terça-feira (1°).

Servidor de carreira do órgão desde 1999, Cunha comandava a Abin na época da invasão às sedes dos três Poderes, sendo exonerado do cargo, em março deste ano. O ex-diretor da Abin foi convocado pela cota da ala de oposição ao governo Lula (PT) e foi pedida pelos senadores Magno Malta (PL) e Izalci Lucas (PSDB), além dos deputados Nikolas Ferreira, delegado Ramagem e Marco Feliciano, todos o Partido Liberal (PL).

De acordo com o jornal O Globo, a intenção da convocação de Saulo Cunha para CPI do 8 de janeiro será para prestar esclarecimentos sobre os alertas que ele emitiu frente à Abin, dias antes da ocorrência lamentável dos atos golpistas promovidos por apoiadores do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL). O ex-diretor da agência também deverá indicar quais autoridades foram informadas e qual foi o encaminhamento dado aos avisos.

Isso acontece porque, mesmo após seis meses dos ataques, ainda há uma divergência entre os membros do Sistema Brasileiro de Inteligência sobre o formato e a responsabilidade dos informes que receberam, afirmando que as mensagens careciam de confimação e foram enviadas em tons 'informais'.

Contudo, por outro lado, a própria Abin tem respondido a esses questionamentos, informando que as informações foram enviadas pelos 'canais adequados, decididos prévia e conjuntamente'.

Com tudo isso em posse dos parlamentares, o ex-diretor da Abin, deve ser perguntado sobre se os alertas também foram enviados ao ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Gonçalves Dias, já que o nome dele constava na lista como um dos receptores.

Vale lembrar que a maioria dos alertas produzidos pela Abin antes de 8 de a concentração de manifestantes em frente a unidades militares nas capitais do país, dos bloqueios de rodovias federais e a "convocação para atos em frente a refinarias e distribuidoras".

Saulo Cunha também deve ser questionado sobre os relatórios que a agência produziu depois de 8 de janeiro. Dois deles apontaram um grupo ligado a produtores rurais, o 'Movimento Brasil Verde e Amarelo', e um de reservistas do Exército, os 'boinas vermelhas', como supostos 'articuladores dos atos intervencionistas'.

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