Política

Ex-ministro de Bolsonaro será intimado para explicar segundo pacote de joias

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O caso das joias ilegais veio à tona no último sábado (04), quando o Ministério Público Federal (MPF) em Guarulhos foi acionado pela Receita Federal para apurar o caso  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Tomaz Silveira/ Agência Brasil

Publicado em 07/03/2023, às 07h15 - Atualizado às 07h16   Cadastrado por Daniela Pereira


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O cerco está se apertando contra o casal Bolsonaro e os ex-ministros envolvidos na força-tarefa de trazer ilegalmente ao país as joias doadas pelo governo da Arábia Saudita que seriam destinadas a Michelle e Jair Bolsonaro (PL).

A Receita Federal está em busca do domicílio fiscal para intimar o ex-ministro de Minas e Energia da gestão Jair Bolsonaro, Bento Albuquerque. Ele é apontado como responsável por negociar a entrada ilegal de um segundo pacote de joias que teria sido entregue à Presidência da República.

De acordo com informações do O Globo, o ex-ministro teria trazido o pacote na bagagem, em outubro de 2021, sem declaração à Receita Federal. No pacote tinha um relógio, uma caneta, um par de abotoaduras, um anel e um tipo de rosário, todos da marca suíça Chopard.

Em nota divulgada na segunda-feira, a Receita Federal informou que a entrada de um segundo pacote pode configurar em tese violação da legislação aduaneira também pelo outro viajante, por falta de declaração e recolhimento dos tributos.

“Diante dos fatos, a Receita Federal tomará as providências cabíveis no âmbito de suas competências para a esclarecimento e cumprimento da legislação aduaneira, sem prejuízo de análise e esclarecimento a respeito da destinação do bem”, afirma a nota.

O caso das joias ilegais veio à tona no último sábado (04), quando o Ministério Público Federal (MPF) em Guarulhos foi acionado pela Receita Federal para apurar o caso. Com informações e imagens dos bens apreendidos no aeroporto internacional de São Paulo, em outubro de 2021, a representação foi distribuída para uma procuradora do MPF na cidade. As peças, avaliadas em mais de R$ 16,5 milhões, seriam um presente do governo da Arábia Saudita para Michelle.

Desde que as peças foram apreendidas, houve ao menos oito tentativas do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro de recuperar os itens, mas a Receita Federal não atendeu aos pedidos.

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