Extremista que destruiu relógio histórico durante ato terrorista recebeu auxílio do governo Bolsonaro; veja

O extremista bolsonarista Antîonio Cláudio Alves Ferreira, que destruiu um relógio histórico que pertenceu a Dom João VI, durante os atos terroristas em Brasília, no dia 8 de janeiro, recebeu auxílios durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), entre 2020 e 2021.

O mecânico de 30 anos foi preso, na última segunda-feira (23), pela Polícia Federal (PF) na cidade de Uberlândia, interior de Minas Gerais. Ele foi flagrado pelas câmeras de segurança jogando o notável item. O relógio de pêndulo foi um presente da Corte Francesa para monarca português. Balthazar Martinot era o relojoeiro do rei francês Luís XIV.

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Antônio Cláudio abandonou a casa dele em Catalão, no inteior de Goiás, mas quatro testemunhas - incluindo a irmã - confirmaram se tratar da mesma pessoa que aparecia nas cenas de destruição.

Na noite daquela mesma segunda, ele foi interrogado pela Polícia Federal na cidade mineira. Porém, ele se manteve em silêncio durante a oitiva. O mecânico é acusado de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime; e destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

Além disso, o homem possui, contra si, três processos criminais na Justiça de Catalão e já foi preso duas vezes. Todos os processos estão arquivados atualmente porque ele cumpriu as sentenças. Dois processos foram por ameaça e um por tráfico de drogas. Na Justiça, o crime foi alterado para posse de droga. Por isso, ele foi solto e cumpriu pena alternativa.

Ao todo, de acordo com a coluna Radar, da revista Veja, Antônio Cláudio recebeu R$ 5.250 de auxílio durante o governo Bolsonaro. Foram 16 pagamentos entre 2020 e 2021.