Política
Publicado em 01/12/2024, às 09h24 Redação
O deputado federal Aécio Neves vê o seu partido, o PSDB, encolhendo no cenário da política e vem tentando assumir a responsabilidade de manter a legenda com expressão. As declarações foram dadas em entrevista ao portal UOL.
Aécio Neves acredita que o PSDB começou a errar com a desistência da disputa pela presidência em 2022. "Na hora que uma candidatura que jamais foi viável do ex-governador João Dória, privilegia o projeto de poder de São Paulo e aí o partido se desvirtua e acaba se fragilizando muito", afirma.
"No momento em que nós abdicamos da nossa responsabilidade de lançar uma candidatura à presidência da República nós caímos para 13 deputados e nós reconhecemos isso. E eu apontava isso à época, eu dizia que isso ia custar muito caro ao PSDB", emendou.
Para Neves, o PSDB não vai conseguir se manter sozinho na política brasileira e vem se reunindo com lideranças de partidos "mais ao centro" para inicialmente ampliar a federação partidária que tem com o Cidadania. O deputado revelou que espera anunciar ainda este ano a chegada do Solidariedade e não descartou uma fusão entre os três partidos, como aconteceu com o Democratas e o PSL, que se uniram para formar o União Brasil.
"Solitariamente é muito difícil para o PSDB e para qualquer partido político construir um projeto viável de Brasil. Temos sim, conversa do com outras forças políticas próximas ao centro, em busca de dar musculatura a esse projeto", disse.
"Temos que levar essas questões com muita cautela, porque é natural que existam alguns conflitos e nós temos que superá-los. O passo seguinte é, sim, a incorporação ou mesmo a fusão entre partidos", acrescentou.
O PDT também negociou a entrada na federação, mas o presidente do partido, Carlos Lupi, decidiu não continuar no projeto de criação de um novo partido. "Outros virão ao longo do próximo ano", diz Aécio.
“Por melhor que seja a nossa relação e minha relação pessoal com o presidente [Carlos] Lupi —que é meu amigo de uma vida inteira— o PDT está hoje extremamente vinculado ao projeto do PT. Ali existem afinidades históricas, que de alguma forma dificultam a construção de um projeto independente. Não é um projeto aliado ao que o lulopetismo significa, é o que nós sempre combatemos”, disse Aécio Neves.
"Mas nós, que ainda estamos no PSDB, acreditamos em primeiro lugar, que existe espaço para um partido de centro no Brasil. Não devemos ser medidos ou quantificados pelo número de prefeitos e vereadores, mas sim pelo que nós representamos e poucos partidos hoje se dispõe a construir um projeto de país", arrematou.
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