Política

"Fuga" de Eduardo Bolsonaro vira assunto na Câmara de Salvador; entenda

Bruno Spada / Câmara dos Deputados
Nesta terça-feira (18), Eduardo Bolsonaro revelou que irá se licenciar do cargo de deputado federal após discussões sobre apreensão de seu passaporte  |   Bnews - Divulgação Bruno Spada / Câmara dos Deputados
Carolina Papa

por Carolina Papa

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Publicado em 18/03/2025, às 19h37 - Atualizado às 19h43



O vereador Cezar Leite (PL) saiu em defesa do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) após o parlamentar fugir para o Estados Unidos (EUA) diante de uma possível apreensão do passaporte pelo Supremo Tribunal Federal (STF). 

Durante a sessão ordinária desta terça-feira (18), Cezar Leite afirmou que Eduardo Bolsonaro pode “ser preso por nenhum crime realizado”. O vereador aproveitou o momento para criticar a atuação do STF no Brasil. 

“O deputado de oposição [Eduardo Bolsonaro] pode ser preso por nenhum crime realizado. E isso faz com que, hoje, o deputado federal Eduardo Bolsonaro esteja nos Estados Unidos abrindo mão do seu mandato do parlamento por risco de ser preso nesse país por nenhum crime ter realizado. A Corte Suprema deseja reter o passaporte de um deputado federal sem nenhum crime ter sido realizado. Uma corte que já prendeu um deputado federal por ter falado e delegado inúmeras vezes a sua saída, a sua prisão domiciliar”, disse o edil. 

Nesta terça-feira (18), Eduardo Bolsonaro anunciou que vai se licenciar do mandato parlamentar para morar nos Estados Unidos. Ao anunciar a decisão, o deputado criticou Alexandre de Moraes, relator do inquérito que investiga o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe de estado.

Em entrevista à imprensa, Bolsonaro chorou ao comentar a decisão do filho e agradeceu o presidente norte-americano, Donald Trump, por “abraçar” Eduardo. 

No plenário, o bolsonarista abordou também a anistia para os envolvidos para os atos antidemocráticos em 8 de janeiro, em Brasília. Cezar Leite chegou a abordar o caso Debora Rodrigues dos Santos, autora da frase “perdeu, mané” com batom na estátua da liberdade durante os ataques, presa há quase dois anos após o episódio. 

“Estamos vivendo hoje uma situação em que civis estão presos. Mulher com filho de 6 e 9 anos presa porque escreveu com batom “perdeu, mané”. Que país nós estamos vivendo? [...] Há tempos atrás a esquerda pedia anistia. E hoje, essa mesma esquerda não quer anistia de pessoas civis que não fizeram nada. Por motivo de ideologia, por motivo de ‘vamos enfraquecer o bolsonarismo’, coisa que não tem nada a ver”, destacou o vereador. 

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