Futuro ministro de Lula estuda medidas duras contra clubes de tiro; veja

Os clubes de tiro devem sofrer uma regulamentação própria durante o governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A informação foi dada pelo senador eleito Flávio Dino (PSB-MA), escolhido por Lula para chefiar o ministério da Justiça e Segurança Pública, em entrevista ao jornal O Globo.

À publicação, Dino afirmou que está trabalhando em uma proposta para regular os clubes de tiro, com fixação de horário e controle de frequentadores. 

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"É preciso que haja regulação. Um clube de tiro tem que ter fiscalização, porque é uma atividade de altíssimo risco. Uma coisa é a regulação sanitária de alguém que vende fruta, que é feita para que o produto não chegue estragado à população. Há também regulação para farmácias. Os clubes de tiro têm que ser regulados, com uma regulação firme e clara: fixar horários, cadastro público de quem frequenta, colocar fim ao funcionamento 24 horas, porque isso não faz sentido e é perigoso para a sociedade", declarou.

Na entrevista, o futuro comandante da pasta ainda disse ter recebido a missão de Lula de se aproximar de policiais e que quem confundir função pública armada com politização será enquadrado. 

"O presidente me orientou: 'Flávio, cuide da segurança pública e se aproxime das polícias'. A segunda grande prioridade é a questão de consumidor e cidadania, de modo geral. E a terceira é o diálogo com Congresso, Judiciário e Ministério Público", acrescentou.

"Se alguém eventualmente seguir confundindo função pública armada com ideologização e com politização, essa pessoa está cometendo uma infração à lei. Quem não se enquadrar naquilo que a lei manda terá o tratamento que a lei manda. É muito simples. Esse é o caminho certo a todas as pessoas, principalmente com uma corporação armada que precisa, visceralmente, de conceitos como hierarquia e disciplina. Se não, essa instituição degenera", enfatizou.