Política

Garimpeiros pedem socorro ao governo para sair de terra Yanomami

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O pedido parte de garimpeiros e mulheres que foram para o garimpo para cozinhar ou se prostituir  |   Bnews - Divulgação Reprodução
Daniela Pereira

por Daniela Pereira

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Publicado em 06/02/2023, às 11h25


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A ordem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de iniciar uma megaoperação para retirada dos garimpeiros das terras yanomamis tem causado pânico aos invasores do local.

Apesar de muitos garimpeiros já terem deixado o local de forma espontânea, muitos ainda pedem ajuda ao Governo Federal para deixar a terra indígena.

O pedido parte de garimpeiros e mulheres que foram para o garimpo para cozinhar ou se prostituir. Com o controle do espaço aéreo em toda a reserva monitorado pela Força Aérea Brasileira (FAB) após a implementação da Zona de Identificação de Defesa Aérea, voos de helicóptero clandestinos, que eram o principal transporte da região, hiper-inflacionaram e muitos não conseguem deixar o local.

Antes de iniciar uma megaoperação para expulsar garimpeiros de terra yanomami, o Governo Federal deu início ao chamado “estrangulamento logístico” da atividade irregular, o que significa bloquear os acessos e desmontar os entrepostos que abastecem os garimpos com mão de obra, combustível e alimentos.

Segundo informações do Diário do Centro do Mundo, em grupos de WhatsApp, garimpeiros compartilharam vídeos pedindo ajuda para deixar o local. “Aqui onde estou tem mais de cinco mil pessoas na região só para ir embora, nós queremos ir. Mas não tem é voo, o povo [pilotos] está com medo de vir”, relatou um deles.

Além das dificuldades para sair da região, os garimpeiros, em vídeos publicados na internet, relataram estar sem comida e pedem ao Exército e à polícia para serem resgatados da Terra Yanomami.

O ministro da Defesa, José Múcio, viajará nessa quarta-feira, ao lado de comandantes militares, para marcar o início das ações, que deve contar com mais de 500 homens da Polícia Federal (PF), Exército, Marinha, Força Aérea Brasileira, Ibama, Funai e Força Nacional; e durar mais de dois meses.

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