Política

Gastos de deputados com propagandas batem recorde em 2023; veja números

Wilson Dias / Agência Brasil
Gastos incluem produção de conteúdo, manutenção de redes sociais, e mais  |   Bnews - Divulgação Wilson Dias / Agência Brasil

Publicado em 03/02/2024, às 07h37 - Atualizado às 07h46   Cadastrado por Edvaldo Sales


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Os deputados federais bateram recorde no uso de verba pública para divulgação da própria atividade parlamentar em 2023. As informações são do jornal Folha de S. Paulo. 

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Os parlamentares gastaram, no total, R$ 84,1 milhões com essa finalidade, o que representa 38,3% do total da chamada Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar (Ceap). 

O “cotão”, como é conhecido, banca ou reembolsa deputados por gastos que incluem aluguel de escritório, combustível, alimentação, passagens aéreas e hospedagem, entre outros. 

De acordo com o jornal, o percentual para a divulgação do mandato é o maior de toda a história do cotão, cujo atual formato foi instituído em 2009, quando a divulgação do mandato consumiu apenas 19% do cotão. 

Ainda segundo a Folha, o ano em que a divulgação havia consumido a maior fatia da verba até então havia sido 2020, com 34,4%.

Esses gastos incluem produção de conteúdo, manutenção de redes sociais, impressão de jornais e panfletos, além de propagandas ou patrocínio a sites e blogs alinhados nos estados. 

O deputado Eunício Oliveira (MDB-CE) foi o campeão do uso da verba para divulgação do mandato no ano passado. Ele usou R$ 494 mil nos 12 meses de 2023, conforme a Folha.

Eunício justificou afirmando que o gasto foi para produção e edição de vídeos para a internet e a alimentação de seus perfis no Facebook, Instagram, Twitter e TikTok, além do seu WhatsApp profissional. 

A média entre todos os parlamentares foi de um gasto de R$ 162 mil durante todo o ano. 

Pelas regras da Câmara, a verba mensal não usada pelos parlamentares se acumula para os meses seguintes até dezembro, ocasião em que se não for usada volta aos cofres públicos. 

Depois de Eunício, vem a Dra. Alessandra Haber (MDB-PA), com R$ 460,8 mil; Sonize Barbosa (PL-AP), com R$ 442,6 mil; Pastor Gil (PL-MA), com R$ 423 mil; e Adail Filho (Republicanos-AM), com R$ 421,9 mil. 

Classificação Indicativa: Livre

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