Geraldo Júnior teve sequência de vitórias contra grupo de ACM Neto durante comando da Câmara de Salvador; veja

O presidente da Câmara de Salvador, Geraldo Júnior (MDB), encerra em 2023 uma trajetória polêmica no legislativo, marcada por embates contra o grupo do ex-prefeito ACM Neto (União Brasil). A própria primeira eleição do edil na Mesa Diretora, em 2018, aconteceu à contragosto do cacique.

Na época, ela aconteceu por conta de uma insatisfação da base com as decisões do então gestor sobre a eleição, entre outras coisas. Geraldo era considerado um vereador de "baixo clero" e apelidado, inclusive, como "Rolando Lero" por parlamentares carlistas dada a quantidade de promessas feitas aos pares. Contudo, com forte poder de articulação e bom trânsito entre empresários, conseguiu emergir politicamente.

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Durante os quatro anos de mandato, Geraldo criou barreiras para avanço de projetos do Executivo e só colocou em pauta projetos que passaram pela sua própria lupa. Em todas as entrevistas, defendeu o discurso da "independência" do legislativo. Nunca antes na história da Casa a oposição teve protagonismo tamanho em votações e debates sobre projetos.

O agora vice-governador diplomado também manteve uma relação conturbada com o prefeito Bruno Reis, seu desafeto político nos bastidores. Ambos chegaram a trocar farpas publicamente mais recentemente. A briga velada, contudo, acontece desde quando Bruno era o articulador político de Neto.

O acordo unânime para a permanência de Carlos Muniz no comando da Casa a partir de 2023 é apenas a "cereja" do bolo da gestão do edil. Com Muniz, a Câmara ainda continua sob seu comando. Agora, o futuro do "líder" é uma incógnita. Atualmente ele negocia uma pasta na gestão do governador eleito, Jerônimo Rodrigues (PT). Difícil acreditar que ele será um "vice decorativo".

Nos bastidores, já é sabido que o objetivo Geraldo Júnior mesmo é galgar uma chapa majoritária na corrida pela Prefeitura de Salvador em 2024, onde pode enfrentar Bruno frontalmente. O resultado disso a Deus pertence.