Política

Gleisi Hoffmann rebate acusação de antissemitismo; saiba mais

Alessandro Dantas / PT
Para Gleisi, a resposta da Conib é a “prova de que a entidade não tolera as críticas ao governo de ultra-direita de Israel”  |   Bnews - Divulgação Alessandro Dantas / PT

Publicado em 02/01/2024, às 15h52   Cadastrado por Edvaldo Sales


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A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), deputada federal Gleisi Hoffmann, rebateu uma nota da Confederação Israelita do Brasil (Conib) e disse que a entidade a acusa de preconceito e antissemitismo.

De acordo com a dirigente, a resposta da Conib é a “prova de que a entidade não tolera as críticas ao governo de ultra-direita de Israel”. “Somos da paz, do diálogo e da tolerância, mas não vamos nos calar diante das pressões indevidas da entidade”, escreveu Gleisi em uma publicação no X (antigo Twitter) nesta terça-feira (2).

Nunca fizemos nem estimulamos declarações ou atitudes antissemitas, pois respeitamos todos os povos e religiões. Criticamos sim e continuaremos criticando o massacre do povo palestino pelo governo Netanyahu, em Gaza e na Cisjordânia, que há muito extrapolou o legítimo argumento da defesa de Israel e se transformou em operação de genocídio”, disse a presidente do PT.

Na mesma publicação, a deputada afirmou ainda defender o direito de expressão do jornalista Brenno Altman, “que é perseguido por criticar as posições da Conib”.

Leia a nota na íntegra:

“Nota da Conib, acusando-me de preconceito e antissemitismo, é a prova de que esta entidade não tolera as críticas ao governo de ultradireita de Israel, venham de onde vierem. Nunca fizemos nem estimulamos declarações ou atitudes antissemitas, pois respeitamos todos os povos e religiões. Criticamos sim e continuaremos criticando o massacre do povo palestino pelo governo Netanyahu, em Gaza e na Cisjordânia, que há muito extrapolou o legítimo argumento da defesa de Israel e se transformou em operação de genocídio. Defendemos também o direito de expressão do jornalista Brenno Altman, que é perseguido por criticar as posições da Conib. Somos da paz, do diálogo e da tolerância, mas não vamos nos calar diante das pressões indevidas desta entidade. O nome do nosso país é Brasil e aqui todos podem viver livres de preconceitos e imposições”.

Entenda o caso

A Conib entrou com uma ação no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP ) e pediu a remoção de conteúdos das redes sociais do jornalista Breno Altman, fundador do site Opera Mundi. O pedido foi atendido pelo juíz Rafael Meira Hamatsu Ribeiro em 24 de dezembro de 2023.

Depois disso, a Gleisi disse, em 30 de dezembro do ano passado, que a Conib promove o que chamou de “perseguição” contra o jornalista.

A petista disse ainda que Altman estaria sendo perseguido por causa de seu “firme posicionamento contra o massacre do povo palestino pelo governo de ultra-direita de Israel”, em referência à guerra na Faixa de Gaza. A deputada disse também que agentes do Ministério Público Federal (MPF) e da PF querem “condená-lo” por suas opiniões.

Após o posicionamento de Gleisi, a Conib repudiou a fala da dirigente e afirmou que Altman “promove o antissemitismo e a desinformação, relativizando os assassinatos e estupros cometidos pelo Hamas e chamando judeus de ‘ratos’”.

Leia a nota:

“A Confederação Israelita do Brasil (CONIB) repudia os comentários da presidente do Partido dos Trabalhadores, deputada Gleisi Hoffman. O Jornalista Breno Altman, fundador do site Opera Mundi, promove o antissemitismo e a desinformação, relativizando os assassinatos e estupros cometidos pelo Hamas e chamando judeus de ‘ratos’, o que foi reconhecido pelo Ministério Público e pela Justiça, que determinou a imposição de multa e a retirada de posts. A presidente do Partido dos Trabalhadores insiste em defendê-lo, questionando decisões judiciais. Além disso, a Deputada faz uma afirmação preconceituosa em relação à CONIB, ou seja, de dupla lealdade, jargão clássico do antissemitismo, que merece total reprovação.”

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