Política

Governo Bolsonaro beneficiou filhas de Mauro Cid com vacinação antes de ‘tempo permitido’

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O flagrante desse gesto aconteceu durante a investigação da Polícia Federal referente aos cartões de vacinação de Jair Bolsonaro  |   Bnews - Divulgação Alan Santos / PR/Divulgação Este trecho é parte de conteúdo que pode ser compartilhado utilizando o link https://valor.globo.com/politica/noticia/2023/05/03/quem-e-mauro-cid-ex-ajudante-de-bolsonaro-que-foi-preso-pela-pf.ghtml ou as ferramentas oferecidas
Cadastrado por Pedro Moraes

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Publicado em 05/05/2023, às 07h50 - Atualizado às 07h50


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Com a apreensão do celular do ex-ajudante do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Mauro Cid, a Polícia Federal descobriu mais uma ocorrência. A descoberta envolve a investigação sobre o esquema de fraudes em cartões de vacinação, em que o ex-gestor do Brasil pode estar envolvido. As informações foram publicadas pelo portal Uol

Acima de tudo, os registros de vacinação das filhas do tenente-coronel do Exército apontam que elas teriam tomado a primeira dose da vacina contra Covid-19 em um período inválido. Isso porque, durante a fase em que ainda não havia começado a campanha de imunização para crianças e adolescentes, ela foi ‘beneficiada’.

Junto a isso, as garotas teriam recebido a Jassen durante a fase que tinham idade inferior a 18 anos, o que não é permitido. Ainda conforme a publicação, tanto Cid quanto as três filhas receberam as três doses da vacina na cidade de Duque de Caxias (RJ).

Conforme os registros, considerados fraudulentos pela PF, eles receberam imunizações no Centro Municipal de Saúde municipal. Em dezembro de 2022, as meninas tinham 5, 14 e 18 anos, quando os dados das imunizações constaram no sistema do Ministério da Saúde.

Cid inclusive é ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e foi detido pela corporação na última quarta-feira (3). Inicialmente, as doses foram aplicadas nos dias 22 de junho, 8 de setembro e 19 de novembro de 2021. Nesse sentido, o registro expõe que o tenente-coronel e as três meninas receberam duas doses da Pfizer e uma da Janssen cada um.

Detalhes

A princípio, a caçula não tinha idade para ser vacinada. No momento em que receberam supostamente a primeira dose, elas tinham, no máximo, 4, 13 e 17 anos. Porém, a Anvisa só autorizou a aplicação da vacina da Pfizer em adolescentes com faixa etária superior a 12 anos em 11 de junho de 2021.

Junto a isso, Duque de Caxias iniciou a vacinação das jovens dois meses após a suposta primeira dose. Já a filha mais nova não poderia receber nenhuma das vacinas nas datas dos registros. A Anvisa liberou o imunizante para crianças de 5 a 11 anos no último dia 16 de dezembro de 2021, quando ela tinha 4 anos. 

Além disso, as filhas também não poderiam receber o imunizante da Janssen. Vale mencionar que a Anvisa autorizou a vacina somente para maiores de 18 anos. No dia 19 de novembro de 2021, período do registro de que as três tomaram Janssen, nenhuma delas era maior de idade.

Investigação

Ainda conforme a publicação, para os investigadores, esse apontamento "reforça os indícios de novas inserções falsas de vacinação contra a covid-19 no sistema SI-PNI do Ministério da Saúde".

Classificação Indicativa: Livre

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