Política

Governo Bolsonaro premiou Corregedoria da Caixa que escondeu casos de assédio

Marcelo Camargo / Agência Brasil
Governo Bolsonaro premiou suposta punição a agentes públicos  |   Bnews - Divulgação Marcelo Camargo / Agência Brasil

Publicado em 07/08/2022, às 08h47   Redação


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Apesar das acusações de ter ocultado denúncias de assédio contra Pedro Guimarães, a Corregedoria da Caixa Econômica Federal recebeu quatro prêmios do Governo Bolsonaro. Um deles, supostamente, por ser ágil na punição de agentes públicos que cometeram irregularidades.

No ano passado, a Caixa recebeu o prêmio de terceiro lugar na categoria “responsabilização de agentes públicos” do Concurso de Boas Práticas da Rede de Corregedorias. A homenagem é promovida pela Controladoria-Geral da União (CGU). A estatal também foi homenageada com o segundo lugar na categoria “responsabilização de entes privados” e com o terceiro por “inovação”. Em 2020, a Caixa já havia sido agraciada com o primeiro lugar na categoria “inovação”.

Em dezembro de 2021, a Caixa fez um comunicado ao mercado para comemorar as condecorações: “Todos esses reconhecimentos expressam os esforços de uma gestão comprometida com a governança, transparência e integridade”.

O discurso oficial contrasta com a rotina de assédios na Caixa sob Guimarães, indicado para comandar o banco desde o primeiro dia do governo Bolsonaro. Nesse mandato, houve uma explosão de denúncias de assédio moral e sexual no banco.

Segundo documentos obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação, de 2019 a julho de 2022, a Corregedoria recebeu 883 relatos de assédio moral, e 205 de assédio sexual. De 2015 a 2018, por exemplo, foram 332 de assédio moral, e seis de assédio sexual.

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