Política

Governo Federal reage a ataque do Google contra PL das Fake News

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Na última segunda, gigante da tecnologia apresentou, abaixo da caixa de pesquisa, um link que dava acesso a um blog com críticas ao projeto  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Internet
Daniel Serrano

por Daniel Serrano

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Publicado em 02/05/2023, às 08h37


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O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Ministério Público Federal (MPF) e parlamentares da base governista reagiram aos ataques feitos pela Google ao PL das Fake News.

Na última segunda-feira (1°), a gigante da tecnologia apresentou, abaixo da caixa de pesquisa, um link com a seguinte mensagem: "O PL das fake news pode aumentar a confusão sobre o que é verdade ou mentira no Brasil". O atalho dava acesso um blog com críticas ao projeto de lei.

A investida da Google ocorre às vésperas de uma provável votação do texto na Câmara dos Deputados nesta terça (2). No entanto, o pleito acabou sendo adiado pelo presidente da Casa, Arthur Lira (PP).

Ainda na segunda, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, usou as suas redes sociais para anunciar que iria acionar Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), órgão vinculado a seu ministério para apurar o caso. Ele ainda pediu para que a pasta analise se há uma prática abusiva das big techs, como o Google, contra o PL das Fake News.

“Estou encaminhando o assunto à análise da Secretaria Nacional do Consumidor, órgão do Ministério da Justiça, à vista da possibilidade de configuração de práticas abusivas das empresas", postou Flávio Dino em sua conta no Twitter.

O MPF também questionou os ataques pela Google a um inquérito que investiga a difusão de desinformação nas redes sociais. O órgão ainda pediu que a gigante da tecnologia apresente detalhes sobre um levantamento do NetLab, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Quem também comentou o caso foi o líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Em seu perfil no Twitter, o parlamentar pediu a abertura de inquérito administrativo no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Em nota, a empresa disse serem falsas as alegações de que estaria ampliando o alcance de páginas com conteúdos contrários ao PL 2630 nas buscas. O Google afirma que não altera manualmente as listas de resultados para determinar a posição de uma página específica "em nenhuma hipótese".

De acordo com o jornal Folha de São Paulo, o Google teria privilegiado links de conteúdo contrários ao PL das Fake News nos resultados das buscas sobre o tema. Em nota, a gigante da tecnologia nega qualquer irregularidade.

"Temos explicado os riscos, que consideramos legítimos, às pessoas que usam nossas plataformas e também aos diferentes participantes do ecossistema digital. Isso inclui criadores de conteúdo no YouTube, anunciantes de todos os tamanhos e sites de notícias”, diz a Google.

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