Política

Governo Lula: Área econômica se torna laboratório para eleições em 2026; entenda

Fotos: Ricardo Stuckert
Os três nomes que vão chefiar a área econômica do Governo Lula já se candidataram à presidência  |   Bnews - Divulgação Fotos: Ricardo Stuckert

Publicado em 28/12/2022, às 10h44   Vinícius Dias


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O desmembramento do superminitério da Economia criado no governo de Jair Bolsonaro (PL) não vai somente descentralizar a área econômica do Governo Federal, mas também servirá de laboratório para as eleições presidenciais em 2026. Presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) poderá observar tudo de perto.

Com a dissolução do Ministério, a área econômica fica composta por um tripé formado por três pastas: a Fazenda, chefiada por Fernando Haddad (PT); o Planejamento, que fica com Simone Tebet (MDB); e, por fim, Indústria e Comércio, que fica sob os cuidados do vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB). Em comum? Todo o trio já se candidatou à presidência em algum momento de suas vidas políticas.

Com a promessa de Lula em não se candidatar em 2026, o primeiro escalão se torna, automaticamente, um laboratório para futuras candidaturas. Tebet foi a terceira mais votada nas últimas eleições, ficando em terceiro lugar com cerca de 4,5% dos votos válidos. Foram 5 milhões de eleitores depositando confiança na senadora, que está em final de mandato.

Haddad e Alckmin tiveram campanhas com maior protagonismo quando tentaram a presidência, mas a dupla paulista teve o mesmo destino: o segundo lugar, derrotados em segundo turno.

Alckmin foi derrotado para o próprio Lula em 2006, quando o futuro presidente tentava reeleição. Lula venceu de lavada, com 60,83% dos votos contra 39,17% de Alckmin, àquela altura filiado ao PSDB.

Haddad substituiu Lula no pleito de 2018, quando o presidente foi impedido de se candidatar por conta da prisão. O ex-prefeito de São Paulo e futuro ministro da Fazenda foi derrotado pelo atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), que ficou com 55,13% dos votos no segundo turno. Haddad ficou com 44,87%.

Com oportunidade de protagonismo no governo Lula em uma área decisiva para o futuro do país, os três podem fazer seus nomes e se credenciarem para as eleições em 2026. Um outro nome que pode surgir como candidato é o de Rui Costa (PT), governador da Bahia que vai chefiar uma pasta mais política: a Casa Civil.

No entanto, Rui Costa terá como uma de suas atribuições o acompanhamento de obras por todo o país - missão designada pelo próprio Lula ao colega de partido.

Outro nome que corre por fora, mas também tem experiência como presidenciável, é a deputada federal eleita Marina Silva (Rede), que também deve ocupar a Esplanada dos Ministérios. Marina foi candidata à presidência em 2010 (19,33%, 3° lugar), 2014 (21,32%, 3° lugar) e 2018, quando teve seu pior desempenho eleitoral e terminou no 7° lugar, com 1% dos votos válidos.

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