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Governo Lula toma decisão inusitada para conter "crise" no Sebrae; confira

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Impasse acontece porque governo Lula pressiona por troca, mas esbarra em conselho da entidade  |   Bnews - Divulgação Divulgação/Sebrae

Publicado em 18/03/2023, às 16h26   Cadastrado por Yuri Abreu


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O governo Lula (PT) precisou tomar uma decisão inusitada para conter uma espécie de crise no Sebrae, mesmo com pressões do Executivo para mudanças na entidade. No entanto, a gestão vem esbarrando no Coselho do órgão.

Para isso, na tentativa de substituir o atual presidente do Sebrae, Carlos Melles, por Décio Lima (PT), o governo aceitou o pedido de conselheiros da instituição para que Bruno Quick continue como diretor técnico.

De acordo com a coluna Painel, do jornal Folha de S.Paulo, Paulo Okamotto, ex-presidente do Sebrae e encarregado de tocar as tratativas pelo governo, vinha definindo Melles e Quick como "dois bolsonaristas" que precisavam deixar a entidade e abrir espaço para nomes mais alinhados politicamente com a administração federal.

Apesar da resistência inicial, agora Okamotto afirma que tem conversado com conselheiros e que precisa haver uma repactuação com Quick em relação ao que deve priorizar em sua função como diretor técnico, mas que considera uma saída muito viável a sua continuidade, caso Melles deixe a presidência.

Em caráter reservado, conselheiros do Sebrae dizem, em caráter reservado, que Okamotto garantiu, de maneira explicita, que aceita a permanencia de Quick com essas condições.

O impasse no Sebrae acontece porque o governo Lula pressiona pela troca da diretoria, mas até o momento não tem o número de votos necessário (11 de 15) no conselho para forçar a destituição. Uma reunião para tentar a derrubada foi agendada para 8 de março, mas cancelada diante dessa constatação.

O próprio presidente passou a se envolver na articulação da troca. Ele recebeu conselheiros no Palácio do Planalto e disse que seu mandato é muito curto para que o Sebrae fique parado por tanto tempo. Também telefonou para alguns dos envolvidos no processo.

Okamotto diz que a saída mais civilizada seria a renúncia de Melles, mas que, caso não ocorra, alguma solução será encontrada até o final de março, possivelmente com uma nova tentativa de destituição. Aliados do atual presidente mantêm a esperança de que ele siga no posto.

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