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Grande cidade no sudoeste baiano vira alvo do TCM-BA; saiba detalhes

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Conselheiros do TCM-BA realizaram sessão nesta terça-feira (28)  |   Bnews - Divulgação Divulgação/TCM-BA

Publicado em 28/03/2023, às 20h21   Cadastrado por Yuri Abreu


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Uma auditoria no Município de Vitória da Conquista, no sudoeste baiano, apontou irregularidades no sistema de transporte escolar oferecido pela Prefeitura. O relatório foi apreciado em sessão nesta terça-feira (28), no Tribunal de Contas do Municípios da Bahia (TCM-BA), quando os conselheiros acataram parte das conclusões contidas no documento.

De acordo com a Corte de Contas, a inspeção foi realizada no ano de 2018 e teve como objetivo diagnosticar a qualidade do transporte escolar oferecido aos alunos da rede municipal de ensino, assim como a regular aplicação dos recursos públicos. 

No entanto, os auditores do TCM constataram, durante a inspeção, que parte da frota de veículos era antiga, e estava em uso por tempo superior ao recomendado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

Além disso, foi registrada, entre outras irregularidades, a ausência de equipamentos adaptados para alunos portadores de necessidades especiais em algumas localidades; ônibus com cintos quebrados e/ou ausentes, estofamento do banco rasgado, ausência de tacógrafo, pneus com uso excessivo, interior danificado e com problemas na chaparia; e veículos subdimensionados ou em quantidade insuficiente para atender à demanda da linha.

Também foi destacado o estado precário das estradas que compõem os roteiros, dificultando o acesso às unidades escolares; a falta de certificado dos condutores dos veículos no Curso Específico de Transporte Escolar; a vigência há mais de cinco anos dos processos licitatórios que lastreiam as contratações em vigência; e a não comprovação (por motivos óbvios) de que os veículos auditados foram submetidos à inspeção semestral, com fins de verificar se atendem às condições de funcionamento e segurança exigida pela legislação.

O relator do processo, conselheiro Fernando Vita, apontou que Município atuou de forma precária e negligente nas inspeções, fiscalizações e controle dos veículos do transporte escolar, além de não apurar “a experiência, formação e atribuições mínimas atinentes aos motoristas, em desobediência ao Código Nacional de Trânsito”. Ressaltou, também, que as prorrogações dos contratos sem justificativas plausíveis demonstram a falta de planejamento do município, contrariando a legislação vigente.

Por conta disso, aplicou multa de R$ 2 mil à Selma Maria Oliveira Silva, então secretária de Educação do município. No entanto, deixou de aplicar sanção pecuniária ao ex-prefeito Herzem Gusmão Pereira em razão do seu falecimento, em 2021.

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