Política

Governo Lula quer expor desmonte provocado por Bolsonaro na causa da mulher; entenda

Reprodução / Vídeo
A relatora do grupo, pontuou que “hoje a política para as mulheres conta com menos de 10% do orçamento que o Ministério da área tinha em 2015"  |   Bnews - Divulgação Reprodução / Vídeo

Publicado em 29/11/2022, às 14h51 - Atualizado às 14h57   Cadastrado por ES


FacebookTwitterWhatsApp

Em reunião que acontece na tarde desta terça-feira (29), a futura primeira-dama Rosangela Silva, a Janja, e Gleisi Hoffmann, que é uma das coordenadoras da transição, vão se encontrar com o grupo da transição que trata de temas relativos às mulheres.

De acordo com a coluna de Bela Megale, do O Globo, as cerca de 30 participantes apresentarão um relatório parcial que explora o desmonte orçamentário, desmonte institucional e atos normativos que retiraram direitos das mulheres no governo do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Em entrevista à coluna, Ana Clara Ferrari, que é a relatora do grupo, pontuou que “hoje a política para as mulheres conta com menos de 10% do orçamento que o Ministério da área tinha em 2015".

A Lei Orçamentária Anual (LOA) mostra que, há sete anos, o orçamento previsto para a pasta das Mulheres era de R$ 236 milhões. Em 2023, o valor previsto para a Secretaria da Mulher no Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos é de apenas R$ 23 milhões”, disse Clara.

Segundo Ana, o programa “Mulher Viver sem Violência” - projeto lançado em 2013 pelo governo de Dilma Rousseff e integra um conjunto de políticas voltadas para prover a defesa de vítimas de violência com apoio psicossocial, atendimento de saúde, Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, entre outros direitos - “foi decepado pelo ministério da Damares [Alves], que tirou as principais estruturas que capacitavam a defesa da vida das mulheres”.

Ana disse ainda ao O Globo que o objetivo é deixar “clara a racionalidade do projeto político de desmonte do governo Bolsonaro sobre esse tema”.

“Não é incapacidade ou incompetência. É um projeto político de inviabilizar as mulheres e retirar seus direitos. Eles defenderam o simbólico da mulher de família, bela, recatada e do lar, mas nem para as mulheres com esse perfil garantiram políticas públicas”.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp