Política

CPMI do 8 de Janeiro: Hacker diz que Bolsonaro pediu invasão de urnas e prometeu indulto como o de Daniel Silveira

Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Bnews - Divulgação Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Publicado em 17/08/2023, às 10h41 - Atualizado às 10h47   Redação


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O hacker Walter Delgatti Netto afirmou durante a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, na manhã desta quinta-feira (17), que  o ex-presidente Jair Bolsonaro prometeu conceder um indulto caso ele fosse flagrado no plano de invadir as urnas eletrônicas. O instrumento foi usado pelo então presidente com o ex-deputado bolsonarista Daniel Silveira.

No Congresso, Delgatti Netto disse ter se reunido com  Bolsonaro durante um café da manhã que durou cerca de uma hora e meia, no dia 10 de agosto, no Palácio da Alvorada. No encontro, em que a deputada federal Carla Zambelli também estava presente, ele disse o ex-presidente o questionou sobre a possibilidade de invadir as urnas eletrônicas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em caso de ser pego, Bolsonaro teria assegurado que lhe concederia um indulto:

"Sim, recebi. Inclusive, a ideia ali era que eu receberia um indulto do presidente. Ele havia concedido um indulto a um deputado federal. E como eu estava com o processo da Spoofing à época, e com as cautelares que me proibiam de acessar a internet e trabalhar, eu visava a esse indulto. E foi oferecido no dia", disse.

Delgatti está preso preventivamente por invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e inserir um mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). À Polícia Federal, Delgatti disse que o crime foi encomendado pela deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). Ele também é investigado pela suposta tentativa de fraudar o processo eleitoral.

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