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Hilton Coelho dá detalhes de reunião com secretário de Justiça e fala sobre ameaça ao seu mandato

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Ao BNews, Hilton Coelho disse que “foi de fato um debate sobre a questão dos direitos humanos”  |   Bnews - Divulgação BNews
Lula Bonfim, Edvaldo Sales e Mariana De Siervi

por Lula Bonfim, Edvaldo Sales e Mariana De Siervi

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Publicado em 01/08/2023, às 19h00 - Atualizado às 19h38


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O deputado estadual Hilton Coelho (PSOL) deu detalhes sobre a reunião com o secretário estadual da Justiça e dos Direitos Humanos, Felipe Freitas (PT). O BNews conversou com o parlamentar nesta terça-feira (1º) após a sessão solene de abertura dos trabalhos na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA).

À reportagem, o psolista disse que “foi de fato um debate sobre a questão dos direitos humanos, da justiça, dos direitos humanos no estado da Bahia”.  

Nós transitamos pela situação urbana, nós vimos os últimos números colocaram a Bahia no topo, infelizmente de ações policiais seguidas de morte. [...] Nós não conseguimos ter uma reversão desse quadro de 2015 a 2020 e temos um aumento de mais de 300% nesse quadro de violência policial na Bahia, então isso foi tema da nossa discussão”.

De acordo com Hilton Coelho, outra pauta da reunião foi a situação no espaço rural da Bahia, especialmente no Oeste do estado.

Uma situação da violência dirigida às comunidades de fundo e fecho de pasto, aquelas comunidades tradicionais que defendem o nosso patrimônio ambiental do Cerrado, a situação na região de Nova Açude com o extermínio de Estevão Rodrigues e a necessidade que a apuração seja feita, né? A situação da ameaça do nosso mandato também, tudo isso foi pauta da nossa conversa com o secretário”.

De acordo com Hilton Coelho, também foi cobrado o apoio “na questão da CPI do genocídio da juventude negra, especialmente ao projeto que nós aprovamos nesta Casa das câmeras nos fardamentos dos policiais, que foi algo assumido pelo governador Rui Costa, pelo candidato Jerônimo Rodrigues e que, infelizmente, mais uma vez a gente percebe o discurso do governo”.

Nós estamos sabendo que a licitação é complexa e enquanto isso a gente vê dia após dia as chacinas acontecendo. Infelizmente, na Bahia, sem um posicionamento firme por parte do poder público. Pra nós, essa política de genocídio da juventude negra precisa ter um fim. Ela já chegou em uma situação inaceitável para o povo da Bahia. E ao meu ver também para o povo brasileiro considerando a Bahia como uma péssima referência, inclusive internacional”.

Hilton disse ainda que o secretário “admitiu a situação de crise muito forte nesse campo, na defesa dos direitos humanos na Bahia, que essa atmosfera em relação ao que vem acontecendo dificulta o debate”.

“Mas [Felipe Freitas] nos afirmou que tem um plano para democratização da discussão sobre a questão da segurança pública na Bahia, de envolvimento amplo da sociedade civil  e nós contamos que isso aconteça nas próximas semanas”, destacou.

Da nossa parte colocamos o nosso mandato e a própria Comissão de Direitos Humanos a serviço da democratização da discussão e da afirmação de propostas concretas como nós fizemos aqui como o fortalecimento da investigação que está muito fragilizado na Bahia, como elementos que tem que estar nesse debate de envolvimento de toda a sociedade, pra que a gente supere coletivamente e abandone essa política ao nosso ver, o genocídio por parte do estado brasileiro e baiano”.

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