Política

Jaques Wagner quebra silêncio sobre corrida por candidatura em 2026 e indica posição de Lula

Foto: Edison Rodrigues/Agência Senado
Ex-governador da Bahia, Jaques Wagner é o líder do governo no Senado  |   Bnews - Divulgação Foto: Edison Rodrigues/Agência Senado

Publicado em 08/02/2023, às 07h17   Cadastrado por Vinícius Dias



A declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), durante a campanha, de que não queria ser candidato a reeleição em 2026 fez com que sua base aliada ficasse 'espevitada' e iniciasse uma corrida, ainda que velada, pela sucessão como o nome do Partido dos Trabalhadores.

No entanto, após assumir o mandato, Lula passou a adotar a possibilidade de tentar uma reeleição no próximo pleito. Senador da República e líder do governo na Casa, Jaques Wagner (PT) comentou, em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, sobre as possibilidades e movimentações da base para fazer a sucessão.

"Depende de várias coisas. Primeiro, depende fundamentalmente da vontade dele. Para alguém que está no poder, dizer que está abrindo mão dele não é a melhor coisa. Porque aí começa a disputa de quem é o sucessor [risos]", declarou o ex-governador da Bahia.

"Na minha opinião, ele preferiu deixar isso em stand by [modo de espera] para as duas coisas: para não abrir mão do poder e também para não começar uma corrida do ouro", completou.

Wagner afirmou que a fotografia do poder permite que vários nomes se postulem ao cargo em caso de desistência de Lula em relação a concorrer novamente. Ele ponderou, no entanto, que no segundo governo do atual presidente, entre 2007 e 2010, Dilma Rousseff (PT) não era um dos nomes mais cotados, mas acabou se destacando aos olhos do petista e foi lançada como o nome do grupo.

Dilma foi ministra-chefa da Casa Civil no governo Lula, mesmo cargo ocupado pelo ex-governador da Bahia, Rui Costa (PT), na atual gestão.

"É evidente que ele é uma pessoa que vai estar entre os que estão com possibilidade. Se você quiser que eu liste nomes, tem o Camilo [Santana, ministro da Educação], tem o Wellington [Dias, ministro do Desenvolvimento Social], tem o Flávio Dino [ministro da Justiça]. Tem o vice-presidente [Geraldo Alckmin]. Vai depender muito da entrega de cada um. Se o cara brilha, inevitavelmente vai haver reconhecimento", disse Wagne, que também citou Fernando Haddad (PT), atual ministro da Economia e que já foi candidato à presidência em 2018, ficando em segundo lugar no pleito que elegeu Jair Bolsonaro (PL).

Ele alertou, aos pretendentes, que "não pretendam tanto, a tanto tempo da eleição. Quem bota a cara no ponto vai acabar se desgastando".

Questionado sobre Simone Tebet (MDB), Wagner afirmou que ela é um nome que aparece na fotografia e que se tornou ministra pelo posicionamento pró-Lula que teve no segundo turno. No entanto, ela deve ser o nome para um outro grupo político.

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