Política

Jerônimo reage a lançamento do plano nacional anticrime do governo Lula

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Proposta será anunciada pelo ministro Flávio Dino nesta segunda-feira (2)  |   Bnews - Divulgação Daniel Serrano/BNews
Daniel Serrano e Eduardo Dias

por Daniel Serrano e Eduardo Dias

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Publicado em 02/10/2023, às 05h30 - Atualizado às 13h49


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O governador Jerônimo Rodrigues (PT) comentou sobre o lançamento do plano nacional anticrime do governo Lula, que será anunciado pelo ministro Flávio Dino nesta segunda-feira (2). 

Segundo o governador, entre as ações voltadas para a Bahia, está o combate ao crime principalmente nas fronteiras com outros estados, para o impedimento de entrada de drogas, armas e criminosos fugitivos de outros locais. 

"Vai lançar amanhã. Eu levei até ele [Dino] ações que a gente pudesse fazer uma proteção maior nas fronteiras, principalmente as que a gente faz divisa, Pernambuco, Sergipe, Alagoas. Depois, se for o caso, Minas Gerais, Espírito Santo. A intenção é que, tanto a Polícia Federal quanto a Polícia Rodoviária Federal criem as operações e a gente possa por ali buscar a apreensão de drogas, armas, criminosos. Um dos focos do programa é esse. Uma outra ação é que a gente possa, junto com o governo federal, receber o apoio suficiente financeiro para que as operações possam se estender em outros lugares, não necessariamente só nas fronteiras. Nos locais onde os números possam apresentar qualquer tipo de risco”, disse ele ao BNewsdurante visita ao novo Museu de Arte Contemporânea da Bahia.

Jerônimo também fez críticas ao sistema judiciário brasileiro no que tange a solturas de presos condenados por crimes violentos e que não possuem acompanhamento de perto, facilitando o regresso ao mundo do crime. 

"Nós já tínhamos um processo, um conceito e movimentação de justiça no Brasil deficitário e ultrapassado. A tecnologia chegou e a ciência da segurança pública não acompanhou nas devidas proporções. Quatro anos no Brasil que foi estimulado o armamento da sociedade brasileira. O próprio Estado estimulou isso e não criou nenhuma barreira para resistir. Nós precisamos fazer uma revisão do conceito de justiça. Não dá para a gente prender um criminoso que participa de uma facção e quando se puxa a ficha dessa pessoa de 16, 17 ou até 20 passagens por um presídio", disse, citando o exemplo da morte de dois policiais militares em Salvador, na última semana.

“Naquele caso onde dois policiais morreram, o criminoso tinha sido preso, estava tornozelado e estava armado. E tinha diversas passagens pela polícia. Pedimos ao ministro Dino que possa nos ajudar na esfera nacional para que os Estados possam receber orientação no que diz respeito a esse aspecto na justiça. O Flávio Dino vai lançar e nós estamos conversando sobre o que faremos para ir além da ação policialesca. Segurança pública tem que ter ação de polícia, mas é preciso caminhar lado a lado com a agenda de combate à fome, de desemprego, de boas escolas, de saúde, de cultura”, pontuou. 

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